ZÉ DA HORA E MOÇA DE JUAZEIRO BAHIA.
No tempo em que
tropeiros, viajavam do interior Dom Inocêncio, antes, São Raimundo Nonato,
Piauí; aproximadamente 400km. Seu Gregorão do Moreira viajava com Zé Minervina,
e Zé da Hora dois negros bons de serviço e corajosos, homens para toda parada.
Até briga se precisasse.
Saíram de Moreira
no mês de junho destino a Petrolina X Juazeiro.
Faziam a travessia em balsas. Ano
1948. Passavam por Angical, Rosilho, Salãozinho, Oiteiro, Campo, Largo e
Ouricuri até Petrolina. Quando chegaram em Petrolina venderam a mercadoria e
foram a Juazeiro comprar outras coisas como: Sal, rapadura, café, tecido, etc.
Como era
tempo de São João foram a um forró. Juazeiro era uma cidade pequena como
Petrolina na época. Os cabras se danaram no samba, moças sempre gostaram de
homens de fora, de outra região. Uma tal de Joana gostou de Zé da Hora
provocando ciúme aos rapazes de Juazeiro. Seu Gregório viu que poderia sair
morte, chamou Zé da Hora em um canto e o aconselhou a atravessar o rio e esperar
em Petrolina.
Zé obedeceu,
contudo, ficou com vontade de brigar com os baianos. Pensava ele: afinal Joana
não era propriedade deles.
Voltaram a Moreira,
mas Zé Da Hora nunca tirou Joana, uma cabocla bela, de seu pensamento, sempre
escrevia ou mandava recados. Até o dia que soube que ela casou com outro.
Zé da Hora
morreu com 104 anos em DF, com cabeça e sorriso de menino. Zé da Hora era dos negros da Barra do Bonito do mesmo município.
Disse,
NHOZINHO XV.
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