PI,PEDRO TROPEIRO E SEU REVOLVER SMITH 38.

Tropeiro Pedro, Avô de meu amigo poeta Edimar dos Cocais era tropeiro como foram seu pai e avô. Viajava do Piaui a Ubajara, Ceará Tianguá. Seu ganha pão. Naquele tempo era um serviço bom. Pois não havia caminhão. Tudo da cidade, era transportado por tropeiros. Viajava 275/73 km ida e volta. Levava chuva sol e saudade. Que só matava quando parava em algum lugar que houvesse um forró. Seu Pedro era bom de valsa de miudinho tipo xote nordestino.

Dito isso transponho o que falou o neto ilustre, Edimar dos Cocais de Timon Maranhão, de seu Pedro tropeiro como eu.

“Essa história de tropeiro me encanta, meu avô passou mais de 20 anos nesse ramo. Tem dois fatos que ele contou que memorizei. O primeiro, foi assim: ele ia tocando os animais na BR, vindo do Ubajara para o Tianguá, quando um casal lhe acompanhou, e o homem perguntou: o que leva aí para comer? Meu avô disse: só levo fumo, ele respondeu não como fumo! E partiu no rumo dele com uma faca grande, e ele apenas com uma faquinha de cortar fumo, falou já com a mão na cintura por baixo da camisa, dizendo: se der mais um passo eu te toro na bala! O cabra recuou e foi embora. 

A outra foi nas Petecas, passando em frente à delegacia e viu 04 soldados baixando a ripa num preso, um dos soldados era amigo seu de infância, ele pediu pelo amor de Deus para não matarem o rapaz que era ladrão, e esse policial de nome Vespasiano disse: Não entre não seu Pedro senão você vai para o lugar dele, pois ninguém nessa época podia falar em favor de ladrão, veja como mudou, hoje ladrão no Brasil vale mais que cidadão”.

Como vimos vida de tropeiro era alegre e infeliz, vez ou outra se deparava com gente esquisita e poderia pega nas armas. Seu Pedro não fosse um cabra corajoso teria sido vencido pelo retirante mentido a valente. Seu Pedro tinha além de sua faquinha de cortar fumo, portava legalmente naquele tempo era livre usar arma. Pedro e seu revolver smith 38.

Isso me contou Edimar poeta repentista do Piauí

NHOZINHO XV.