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Mostrando postagens de janeiro, 2016

MAIORES RIO BRASILEIRO E NORDESTINO

Meu primo Adão  nasceu no alto sertão piauiense. Nunca tinha visto um rio perene, mar pior ainda. 1973 quando ia a São Paulo, em Petrolina foi que viu o Velho Chico maior rio brasileiro, como 2.863 km extensão. Este rio nasce rico MG, Serra da Canastra, São Roque de Minas Gerais. Morre pobre, onde nasce chove sempre, mas pelo nordeste sofre muito o velho Chico, contudo, resiste. Adão entende que o Rio São Francisco só não deságua no Piauí por acidente geológico, foi pela lei do menor esforço. Em remanso Bahia ele chegava ao Piauí. em ( mais ou menos 60 km). Desaguando no riacho grande que passa em Dom Inocêncio Piauí. Seu vizinho Tocantins, liga o Centro Oeste ao Norte nascendo em Goiás, juntando-se ao rio amazonas no Pará. Têm 2.416 km. Mas o Rio Paranaíba, que Adão foi conhecer em 2008 em Teresina. Para Adão o velho monge de  Da Costa  e Silva poeta parnasiano tem história. Foi feito hino do Piauí, por Da Costa e Silva muitos artistas fizeram músicas, enfim, apesar do malt

SEVERIANO, TROPEIRO PARTEIRO.

Dando seguimento à vida dos tropeiros, algumas considerações. Já falei de muitas cidades que foram formadas pelos tropeiros. Existe uma serra dos tropeiros e Minas Gerais e uma Avenida em Petrolina  Pernambuco. Outra coisa: o tropeiro era médico prático orientador espiritual, mecânico ferreiro, comunicador e violeiro, sanfoneiro. De Lagoa dos Currais, Dom Inocêncio Piauí saíram Severiano Mendes e Pedro Marcos destino a Remanso Bahia. Segundo Pedro, quando passavam por Curral Novo pela tardinha, viram ogado vindo da fonte com a barriga cheia. Severiano fácil de chorar, e fazia por qualquer coisa. Olhando para trás, lembra-se da família, dispara: — Severiano, ‘veio’ Pedro que dia nós passamos aqui de volta? Pergunta Severiano. — Pedro, Severiano daqui a três semanas, informa Pedrão. —  Severiano, ‘pois veio Pedro eu vou chorar... Seguem viagem, já perto de Remanso dormem em uma cainha na beira da estrada. Lá pelas tantas, a mulher do homem da casa resolve dar luz a uma crianç

BRANCOS E NEGROS DANÇANDO.

La pelo ano de 1962, Jatobazinho Dom Inocêncio sudeste do Piauí.  Carlindo maroto,  Raimundo Temista,  João da Minervina e Cesário da Volta. Pegaram  a cal na Caeira de Emiliano, destino a Canto do Buriti Piauí.  Quando passavam por São João do Piauí, Lagoa de Baixo, fazenda grande de seu Salomão e Luis Carvalho; onde Ricardo Mendes era vaqueiro. Este naquela noite fazia uma festa. No mês de Agosto. Convida os patrícios para participarem do forrobodó.  Carlindo o mais velho dos tropeiros agradece ao amigo, mas fala que andava viajando e por este motivo não seria possível ficar na festa. Foram dormir perto de Capim Grosso, na linha telegráfica. Após comer o que sobrou do almoço já deitados em suas redes, Cesário  rapaz namorador e sanfoneiro de oito baixos fala: — Cesário, esta hora os negros estão no maior rela rela. — João que era negro, sentiu-se ofendido por que só  os negros? — João, e os “Blancos, tamém” desabafa Joãozinho. Foi a maior risadaria de todos os co

DESTINO CAPRICHOSO DOS BENTOS

Bento e Benta casaram jurando amor para  sempre . Viveram  três  anos mais ou menos, ele a deixou saindo pelo mundo, Benta e um  filhinho  que era tudo. A m ulher  não suportando tanta  solidão  e abandono atirou na boemia.  O filho, foi criando sem amor e carinho dos pais,  passando  todo  tipo de  necessidade. Benta certo dia vinha de mais um noite na boemia, (zona  puteiro). Foi quando na estação de trem, um passageiro matou um ladrão, que praticava roubos e furtos. Ela foi ver quem seria o criminoso e quem o matou. Caiu como louca em cima do rapaz morto reconheceu seu único filho. O que mais a revoltava, que fora morto pelo pai, que não viu e nem  cuidou  do menino. Ela perdeu o  juízo, ficou louca barrida  neta trite cena, Bento tirou sua  própria  vida de tanto remorso e covardia. Uma f amília  destruída, por falta do verdadeiro amor e responsabilidade.  Bento, Benta e Betinho. Destino caprichoso. NHYODÃO

ANGELINO, EGÍDIO E INESITA, AMOR IMPOSSÍVEL.

Antigamente, no sertão nordestino, a irmã mais bonita casava as irmãs feias. Quando o pretendente não as conhecia bem. No dia do noivado  quem aparecia era a princesa; no dia de casar outra se apresentava, o rapaz não poderia voltar atrás. Havia um homem feio, Egídio casado com a mais bonita das cinco irmãs. Um  primo de Egídio, Angelino estava trabalhando com este tirando madeira para fazer roça. Um serviço pesado gasta muitas calorias. Pela noite, Angelino que sempre teve um desejo louco por  Inesita  a mulher bonita, resolveu se passar pelo amigo Egídio para uma relação sexual com esta. Ela a principio estranhou, Egídio estava cansado, como queria fazer amor! Antes, porém, passa à mão no cabelo para ter certeza de que era seu marido.  Qual não foi a surpresa, era Angelino. Imagine o desconforto dos dois, ela se gritasse poderia haver mortes ficou só entre os dois, não ocorreu o ato sexual, mas este fato vazou deve ter sido ele quem contou para outra pessoa. No sertã

TROPEIRO AVÔ DE EDIMAR POETA DE TERESINA.

Os tropeiros havia em toda América Latina, incluindo o Brasil. O que mudava era o linguajar do nordeste diferente dos seus irmãos de outras regiões. O poeta Edimar, de Cocais me contou, uma história do tropeiro avô dele. Pedro Pereira pau para toda obra. Pois bem, este tropeiro do Ceará, descia da Serra Grande Piauí, com uma tropa carregando fumo para abastecer as localidades Picos  e Floriano Piauí.  É comum tropeiros tanto cruzar com colegas e boiadas, como com viajantes. Pedro Pereira encontra um homem e a mulher deste. O cidadão pergunta a Pedro o que levava para comer. Naquele tempo havia fome em todo nordeste; Pedro não entendeu bem a pergunta, gente do sertão costuma ser mal articulada ao falar. O camarada partiu para cima de Pedro querendo matá-lo, foi preciso à companheira o mandar guardar o facão. Pedro que também não era mole, mas prudente, também meteu sua faca na bainha. São histórias com essa, que ocorriam na lida do tropeiro, seja no sudeste, sul do Brasil

MORTE DO TROPEIRO PAULISTA EM TRINDADE GOIÁS.

Seguindo contando um pouco da vida dos tropeiros e tropas. Tropa tem sentido de conjunto, pode ser tropa de Soldados, de Bois e de Burros. No nordeste tropas são só de animais de cargas. Posto isto, vejamos algumas curiosidades  dos tropeiros. O condutor de tropas tanto era comerciante, quanto empregado, maioria deles vivia na estrada, sendo assim, não gostava de casar fixar em um lugar, preferiam viver viajando. Muitas cidades no Brasil todo, foram povoadas pelos tropeiros exemplo: Sorocaba, São Paulo, Viamão-RS, feira de Santana Bahia, Feira do Crato- Ceará; feira de Caruaru-PE, feira de Campina Grande Paraíba, entre outras... No Piauí, Oeiras, Canto do Buriti, São Raimundo Nonato, também tinha feiras afamadas. Os tropeiros nordestinos eram mais pobres, que os do Sudeste, Centro-Oeste e do Sul. Tropeiro sulista era também sanfoneiro e violeiro por isso sempre deixavam mulheres apaixonadas por onde passavam. Em uma viagem do tropeiro Toninho de São Paulo a Goiás ocorreu

QUATRO MORTES CULPA DO CASCAVEL.

No interior paulista fazenda nova Itália, ocorreu uma desgraça quatro mortes por causa de um  Cascavel. À noite eles dormiam em uma casa de sapé. Um menino chora, mas seu pai faz é mandar o menino calar a boca senão apanhava. A criança calou, porém, logo morreu tinha sido picada por um Cascavel. Chegou o dia seu Mané foi  ao roçado deixou a mulher Maria com dois pequenos. Quando Maria vai ver o que estava acontecendo, de o menino nem chorar e nem levantar, encontrou-o morto. Maria saiu correndo para avisar o marido, quando iam chegando, sua filhinha estava sendo estraçalhada pelos porcos famintos.  O pobre homem, não suportou tanta desgraça, caiu morto ataque fulminante do coração. A mulher correu e se jogou mo Rio Pardo afogando-se.  No outro dia, saíram quatro redes para o cemitério, às crianças na frente os pais atrás. Um pai dever não tomar decisões precipitadas quando um filho chorar seja noite, ou seja, dia. Portanto quatro mortes tudo culpa de um cascavel assassino. M

CITY, SOLIDÃO PE, POVO INTELIGENTE E FELIZ.

Na TV, também passa coisa boa, basta ser seletivo em filmes e documentários. Hoje assistir pelo (Globo News) um documentário sobre a cidadezinha de Solidão perto de Ingazeira do Norte Pernambuco. Perguntado aos moradores o que admiram nas grandes cidades todos são categóricos: nestas cidades (SP, RJ, DF), há coisas boas, no entanto, não dão suas vidas simples por riqueza nenhuma, nas metrópoles e megalópoles. Há depoimento de aposentados comerciantes, professoras e um radialista. O radialista falou uma verdade, hoje o sertão está mudado em termos tecnológicos e serviço social, porém, que pode ser usado como indústria da miséria, mas é bem-vindo a quem precisa. Me chamou atenção de uns engenheiros práticos. Um analfabeto fez um carro que muito o serve na comunidade. Mas ainda outro engenheiro, este tem um certo estudo. Fez um avião, fez voo pela noite coisa ariscada, mas deu tudo certo. Gente com um potencial destes homens se tivessem estudos, teríamos grandes inventores. O cap

CARLINDO DO PIAUÍ, TROPEIRO DE SORTE.

Continuando contar um pouco da vida do tropeiro do Piauí, Poção Dom Inocêncio, zona rural. Plínio viajava a Petrolina, tendo como moço um ajudante de tropa, Carlindo maroto e José Lopes também iam fazer compras e vender alguma coisa.  Companheiro de Plínio.  Uma viagem de aproximadamente 500 km de Poção a Petrolina Pernambuco. Carlindo viajava a pé e sem tomar banho, água era difícil e também não tinha tempo; com isso Carlindo ficou assado. Uma coisa ruim incomoda muito. Plínio queria chegar naquela noite em Petrolina. José Lopes fala: — Zé Lopes, compadre Plínio este rapaz está passando mal devemos parar, ou dá o animal para ele montar. Plínio era baixinho e tinha dificuldade em andar a pé.  Disse: — Plínio, precisamos chegar hoje. Zé Lopes ficou com pena de Carlindo resolveu ajudar o rapaz.  — Zé Lopes, Carlindo peça a Deus para um carro passar por nós que te dou meu burro. Não acabou de falar a luz de um Jeep aparece pronto! Carlindo monta até à cidade pernambucana. Na li

ABREU REVOLTADO MORREU.

Abreu bebeu e morreu, Saúde, veste um terno, Educação faleceu; Desemprego do inferno, A energia subiu muito, Inflação sobe também; Brasil, nada é gratuito, Salário no armazém, Aí eu fico meio louco; Só por culpa de alguém, Logo quem tem tão pouco. NHODÃO

ZÉ DA HORA TROPEIRO DO PIAUÍ BOM DE BRIGA.

Gorgorão de Moreira, Dom Inocêncio, Piaui era comerciante e tropeiro chefe dona da tropa. Contratou: Domingos de Jatobazinho, Estêvão Ribeiro, Zé Minervina e Zé da Hora caboclo bom de serviço e se preciso de briga. Saíram de Moreira destino a Oeiras Piauí carregando Cal e cera de Maniçoba. Uma viagem de um mês ida e volta. Zé da Hora era uma espécie de chefe por ser o mais disposto cabra para toda parada. Carregava uma Garrucha de dois canos para defesa da tropa. Naquele tempo já havia ladrões pelo país inteiro.  Arrancharam debaixo de um pé de Figueira foram vender a mercadoria e comprar coisas para a bodega de Gregorão. Nesta viagem ocorreu um fato inesperado pelo patrão e tropeiros. Zé, foi desarmado por quatros policiais, tomaram sua pistola de dois canos.  Zé não se conformou e entrou em luta corporal com os soldados derrubando todos no chão e tomando sua pistola de volta. Foi pedido reforço, só aí contiveram Zé da Hora. Um Sargento era Delegado como de praxe naquela ép

ZÉ GALINHA TROPEIRO NÃO AJUDA ELESBÃO MAS QUER COMER.

Meu tio Elesbão da Aldeia, interior de Dom Inocêncio, Piauí. Foi como Adão tropeiro até os anos 1970 quase todo mundo lá era tropeiro nem que fosse de pequena tropa. Outros eram empregados de comerciantes da região que cortavam o  Estado chegavam a Bahia e Pernambuco. No Piauí iam até Oeiras antiga capital do Piauí. Elesbão viajava de sua Aldeia para Barra do Bonito com uma tropa e três companheiros. Arriaram entre Angical pela noite. Chegando ao rancho estava um sujeito já pousando. Este fez que dormia, para não ajudar os colegas tiram as cargas dos jumentos. Era praxe quem estivesse já pousando ajudar quem chegava. Mas o Zé Galinha não fez nada. Sujeito sem ação. Após tudo calmo Elesbão e seus colegas foram comer uma farofa bem gostosa e cheirosa. Quando Zé Galinha sentiu o cheiro de um pigarro. Isidoro era meio cego, mas escutava que só teu.         — Isidoro, gente! Tem alguém aqui...         — Elesbão, manda o amigo ficar calado,        — Elesbão, se falar com ele, o me

MARIANO MARCOS UM CONSELHEIRO

Mariano Marcos por ser filho de meu tio avô Marcos Ribeiro. Vieram de Angical, Manoel Vicente e seu filho Marcos casaram com duas irmãs: Manoel com Joana e Marcos com Ana. Mariano, de quem vou falar era o segundo filho de Manoel Vicente, e Ana. Um homem alto, mais ou menos com 1m80. Alfabetizado e trabalhador homem de caráter tio Mariano. Certa vez uma filha de Mariano Mendes, do riacho grande, deu para fugir para o mato. Mariano Pai da menina, era compadre de Mariano Marcos e padrinha desta garota. Mariano Mendes pede que o compadre desse uns conselhos a afilhada fujona. Mariano Marcos começou a falar com a menina que ela não devia ficar indo para o mato que isto era coisa de bichos. Sua comadre Antonina ficava rindo das palavras do conselheiro. —Mariano marcos, diz por que vosmecê Ri?   —Anotoninha, estou rindo do conselho, responde a comadre. —     Mariano, pois ela vai achar que está tudo certo. —     Não fique mais rindo, declara Mariano. Mariano Marcos tinha fala

RELVA A BELA BAIANA.

No silêncio da noite durmo pensando nela, Acordo vejo que foi só um sonho com Relva, Ando pela floresta ouvindo o canto dos pássaros Me alegra, mas vem a tristeza de perdê-la, Ela vive em outra cidade nunca mais a vi. Recordar é viver, por isso lembro de Relva, A baiana mais linda que já existiu no Brasil Não sei se ela ainda vive espero que sim, Sei que foi ilusão esta primeira paixão, Eu a amava e ela também. Fernando Pessoa me perdoa, mas fui meloso Falando do amor de namorados. Assinado: Seresteiro do Piauí

ÚLTIMO ADEUS DE IVO E ILZA.

Ivo namorava Ilza desde de criança inocente. Em Afogado do Ingazeira Pernambuco. Brincaram e estudaram juntos, pensavam viver eternamente, porém, o pai de Ilza mudou o destino dos meninos sonhadores.Ivo era um sertanejo pobre, mas muito bom repentista, a viola gemia em suas mãos, o pai de Ilza não quis o casamento dos jovens. Fez ela casar com Ivan rapaz filho de fazendeiro daquela região. No dia do casamento Ivo estava entre os convidados. Na hora de desejar as felicidades do mundo, aos noivos, Ivo estendeu à mão a Ilza. Nesta hora cortou o coração, pois sentiu que era o último adeus. Saiu pelo mundo e nunca mais viu sua bela Ilza. Esta casou com quem não queria foi infeliz para o resto da vida. Ivo foi morar em Soledade Goiás ser peão de boiadeiro depois virando fazendeiro da fazenda Lua Branca. Vive bem com sua Ivone, uma moça de olhos de águia e cor de Ipê-roxo. Ilza largou Ivan e se atirou na vida mundana, viveu bêbada nos cabarés da cidade. Morreu chamando por Ivo que vi