2018 TROPEIRO FICOU RICO NA BALA.



Ali pela década de 1950, no sertão do Piauí, saiu um rapaz de nome Josias destino ao Paraná. Um jovem com boa estatura, 1,80m não era feio, moreno claro, analfabeto; mas bom de serviço braçal. Um tropeiro de Mulas o convidou para viajar para o Estado de Goiás. Perguntou se o piauiense sabia atirar de carabina e revólver, o rapaz ficou cismado, por que atirar? Mas como era destemido e precisava do emprego aceitou. Pensou... seja lá o que Deus quiser.
O tropeiro patrão era Jeremies e mais Catarino, Zé Garcia, e Índio velho e Josias, piauiense. Viajavam só com os animais de montaria, e mais umas poucas cabeças de mulas e cavalos. Faziam paradas, para os tropeiros se divertirem um pouco nos puteiros, de estrada. Comiam do bom e do melhor. Tudo por conta de Jeremias, para no acerto de contas descontar os gastos dos tropeiros.
Chegando em Goiás saiam por fazenda roubando animais e matando peões das fazendas. A polícia era toda comprada. Quem tem dinheiro sempre desafia à lei. Chegavam ao Paraná, com 300 cabeças de animais, sem compra nada. Josias ficou arrependido, matar gente inocente por dinheiro.
E quando ia acertar conta ficava devendo ao patrão. Ficou sabendo, que os puteiros e bares, eram todos do patrão e o dinheiro voltava para ele.
Ficou um ano nessa vida bandoleira, mas apensando em voltar ao Piauí.
O patrão, ladrão de cavalos, era também fazendeiro de café. Certo dia mandou Josias com uma tropa carregada de café e mais um ajudante a São Paulo. Josias ficou contente, agora se vingaria daquele patrão malvado. Matou o pobre ajudante, vendeu os cavalos e café, pegou um bom dinheiro e se mandou para seu Piauí.
Lá chegando virou um pequeno fazendeiro. Mas como aprendeu roubar, continuou pegando no alheio, roubava bode e gado dos outros. Ninguém mexia com ele, era fazendeiro.
Josias pagou o mal com o mal. Certo, errado? Depende.

Contou, NHOZINHO XV.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TEXTO SÓ COM VERBOS

LAMPIÃO FAZ UM CABRA COMER SAL.

QUAL MAIS RICO O REI DO CAFÉ OU DO GADO?