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Mostrando postagens de abril, 2018
Em Corrente, Piauí sul do Piaui, há muitos anos,aconteceu um caso de bravura de duas crianças, de 10 e 7 anos. Viviam na roça com seu pai e mãe. Seu João Rolinho estava na roça trabalhando sozinho. À roça, ficava em um pé de serra distante, de onde eles moravam. Quando a mulher de João fez o almoço mandou as crianças levar a comida ao pai. Tinha um caminho meio fechado, pois era o primeiro ano daquela roça que tudo indicava que daria bom resultado ao roceiro João Rolinho. Os meninos seguiram com a comida, mas no carreiro se perderam, por causa de uma chuva forte que derrubou árvores, escureceu como noite. Ficaram andando a leu, sem conseguir, encontrar o caminho. Quando seu João já cansado de esperar, resolveu voltar para casa morto de fome. Chegando em casa, a mulher conta que mandou os meninos levar a comida dele. Mas lá não chegaram.   João ficou desesperado, naquela região tinha onça pintada e poderia ter comido os meninos. Arrumou uns vizinhos e saíram procurando gri

CORUMBÁ, MOÇA QUE MORREU POR AMOR.

Certa vez no Estado do Paraná, século XX, uma moça desiludida por causa de um amor, não aceito por seus pais, resolveu suicidar-se. Foi com Corumbá, um cachorro, entrou na mata e por lá ficou perdida até morrer. Corumbá não a deixou ficou com a moça até ela morrer de fome e sede. Antes de morrer a moça agradeceu a Corumbá: “ meu amigo Corumbá te agradeço, pela companhia e me salvou das feras desta mata vou morrer, mas leve esta carta para meus pais”. Corumbá, voltou morto de sede e fome, com uma carta na boca. Quando leram a carta ficaram perturbados com tal notícia fatídica. O Cachorro foi na frente até um pé de Jatobá ali, deu um uivo tão triste e profundo, que abalou todo sertão. Enterram a moça ali mesmo estava em estado de decomposição. Ainda hoje quando alguém lembra deste fato chora. Um Cão fiel com sua dona até na morte.  Seus pais ficaram com a consciência pesada, por não permitir o casamento da filha, com um peão de boiadeiro; mas bom sanfoneiro, nascido na Paraíb
RÁDIO CAIXA FALANTE NO SERTÃO ANTIGO. Zé Moreno trabalhava em uma fazenda no interior de Minas Gerais nos anos 1960. Naquele tempo pouca gente tinha rádio. Só fazendeiro e comerciante da cidade. Certo dia um amigo convida Zé Moreno para irem na fazenda vizinha, onde tinha um rádio. Era Sábado. Chegando lá, o amigo pediu ao fazendeiro seu Sebastião, que ligasse o rádio para ouvirem umas valsas de Antenógenes Silva. O velho não sabia ligar o rádio. Chamou a mulher para ligá-lo. A velha mexeu e nada das valsas. Saiu em um programa religioso o padre celebrava uma missa. Tiveram de ajoelhar com Bastião. Zé Moreno ficou 30 minutos já não aguentava, pensou como faço para sair dessa. Fez que que ia ao mato fazer número 2. Só aí se livrou da ajoelhada. Foram embora sem ouvir as valsas. Zé Moreno nunca mais quis ir à fazenda do velho fazendeiro muito religioso. Em minha terra, no Interior de Dom Inocêncio Piauí, a primeira vez que Plínio Ribeiro trouxe um rádio de Juazeiro Bahia 1961.

DESTINO DOS IRMÃOS BOIADEIROS.

Adail e Joel eram dois irmãos piauienses filhos de boiadeiro desde da idade de 15 anos já comandavam suas boiadas. Chegou um tempo que Adail foi ao Estado de Goiás hoje Tocantins e continuou sendo boiadeiro. Seu irmão Joel também continuou tocando boiada, mas no Piauí. Joel Fazia o caminho de Floriano a Petrolina Pernambuco. Adail pelas bandas de Goiás e Minas Gerais. Um dia Adail pendeu para o Piauí, alí perto de Corrente, com uma enorme boiada. O mesmo fez Joel desviou o caminho que fazia e por acaso ouviu o grito e toque de um berrante em outro caminho, até que as boiadas se encontraram os irmãos fazia muito tempo que tinham visto um ao outro. Última vez que se encontraram, os dois eram meninos. Foi uma forte emoção e Joel não aguentou morreu ali mesmo. Adail vendeu as duas boiadas e jurou nunca mais ser boiadeiro foi ser chofer de caminhão no Estado do Paraná. À vida de boiadeiro é sempre assim com um final triste. Seu caminhão virou, na encosta de uma serra caindo em uma rib

LADRÃO DA CULTURA X SABER.

Ele filho de nordestinos pai baiano mãe piauiense. Seu nome Joãozinho, um menino inteligente, desde de pequeno não se conformava com à vida que viviam em uma favela em São Paulo.  O pai pedreiro a mãe faxineira, uma vida só de carência material; porque em família havia amor. Joãozinho quis mudar de vida e procurou um meio mais rápido tornou-se ladrão. Mas um ladrão de cultura-saber que é também um poder. Só roubava para comprar livros e pagar escola particular. Seu primeiro roubo foi para comprar uma enciclopédia barsa. Entrava em teatros,cinema, assistia aulas sem ser ser matriculado em boas escolas. (USP, PUC-SP, UNB, UFRRJ). Construiu uma biblioteca, onde deixava os meninos pobres fazer uso, e também sair do crime. Joãozinho formou-se em Direito abriu uma Escola de Primeiro e Segundo Grau. Dava bolsa para alunos pobres e os incentivava ao estudo.  Em sua banca de advocacia, só defendia gente inocente e trabalhadores, mas bandidos, homicidas e estupradores ele não defendi

ARNOLD CONHECIA POUCAS PALAVRAS, MAS CURIOSO

Arnold menino zona rural, Dom Inocêncio Piauí, nasceu em uma casinha em que nunca teve rádio e poucos livros de suas irmãs. Tinham de inventar suas brincadeiras fazendo batuque em lata para aprender dançar e conseguiram. Ele e suas irmãs todos eram pés de valsa. Arnold era curioso com palavras diferentes do seu pequeno vocabulário. Certa vez ouviu dois homens brigando por causa de caminhão velho. Ademar de Coronel José Dias e outro. Foi quando um deles falou: — Sabe de uma Coisa se conselho fosse bom seria vendido e não dado, falou o motorista. O outra vez cantaram a Arnold esta máxima.  Outra vez contavam um caso de uma morte no sertão investigando quem teria matado o homem, na região, hoje Capitão Gervásio, século XIX. /XX. O delegado pergunta a um que responde:  — Seu delegado não sei informar, porque ao chegar perto do cadáver fiquei amedrontado! Arnold achou bonita esta palavra levando-a para ele e seus irmãos. Sua irmã Doraci. Certa vez soltou um estou preocupada. U

TROPEIROS ILUSTRES BRASIL.

Quando Dom João VI foi transferido de Portugal para o Brasil, era comum desbravadores saírem pelos sertões, estudando as riquezas e fazendo seus relatórios; acompanhando tropas tropeiros. Foram alguns como: (Martius, Robert Tubeiro,   Spix , St.Hilaire, Hegel, Taine), entre outros. Tiradentes e Guimarães Rosa foram talvez, junto com Camilo Cola da Itapemirim, Miguel Valente do Canto do Buriti e William Palha Dias de Caracol, Piauí, os tropeiros mais famosos do Brasil em todos os tempos. Guimaraes Rosa viajou com tropeiros e vaqueiros pelos sertões de MG, Goiás e Bahia. Quando criança na venda de seu pai, Cordisburgo MG: Gostava de ficar ouvindo os papos dos tropeiros, para no futuro escrever sua obra imortal. Grande Sertão Veredas e outras. Tiradentes quando viajava mocinho, tentava fazer a cabeça dos tropeiros brutos, de que o Brasil estrava sendo roubado pelos portugueses, coisa que acabou custando sua vida, foi traído como sempre existiram traíras! Em uma das viagens longas

DESOBRIGA EM JULHO QUE TEMPO BOM.

São Raimundo Nonato Piauí, antes era um município grande ia até Ponta da Serra divisa com à Bahia. Uma viagem de mais de mês batizando, cansando gente e uma missa uma vez por ano. O sertanejo alimentava o espirito, com as novenas e terços. Mas que rezam lá de seu jeito isso sim. Saiam de São Raimundo uma missa em Baixão do Sitio, outra na antiga Barragem; outra em Poço do Angico, Tanque da Serra, em Moreira. Eram dois dias. Lagoa dos Currais, Salgado. Angical, Barra do Bonito, Rosilho, Salãozinho, Floresta e Ponta Serra Queimadas aí não lembro mais... Acompanhavam o padre muito tropeiros, mascates que vendia de tudo. Pedintes, estes faziam uma cantoria penosa em agradecimento pelas esmolas. O sanfoneiro pai de Egídio Raposo, Manoel Bodeiro, fazia farra com os sanfoneiros das paradas. Era uma beleza mês dee julho. Em Salgado Adão Nhozinho foi batizado pelo padre Antônio, que o padre Claudio e Herculano têm informações diferentes. Um diz que padre Antônio era chileno o outro diz qu

MILAGRES E CASTIGO DO TROPEIRO.

Londrina Paraná, Jose filho e neto de tropeiros viajavam a São Paulo Sorocaba, vendendo mulas xucras. Na época, era um comércio com droga hoje, rendoso. Só que eles pagavam impostos. José namorava Maria e tinha planos de casar em Aparecida do Norte, SP. Tropeiros eram muitos religiosos. Eram viagens de mais de mês, ida e volta faziam paradas para engordar os animais; pescar caçar, para mudar um pouco o cardápio de só feijão tropeiro e carne seca. Quando faltava um mês para o casamento, Maria sofreu de uma febre sezão que parecia que não iria sobreviver. José fez promessa se Maria tornasse a viver, se casaria em Aparecida. Foi um milagre Maria restabeleu à saúde. José, em uma das incansáveis viagens a Sorocaba, levou uma queda da mula e ficou cego, Maria que já se sentia boa, fugiu com tropeiro para estado de Minas Gerais. José além de deficiente, ainda com a maior tristeza que você possa imaginar; foi pagar a promessa em Aparecida, mesmo cego.  Quando ajoelhou nos pés da

EXISTE DESTINO? OU COINCIDÊNCIA

Há muito anos ocorreu um caso estranho em estado nordestino, com final ainda mais esquisito. Um homem pai de dois filhos gêmeos e uma filha. Ele era irresponsável deixa a mulher com os filhos pequenos indo morar na capital.   A pobre mulher deixa os filhos jogados à própria sorte. Um dos meninos foi criado por comerciante que faz advogado. O outro fica na vida bandida. A mãe, dos filhos vai trabalhar na zona, antigamente chamavam de cabaré. Ela fica velha se torna cafetina, uma espécie de chefe, certo dia ele admite para seu quadro uma mocinha de 16 anos. Nisso entra um cliente e vai para o quero justamente com a recém-chegada. Antes de irem para cama ela conta sua história, de que foi abandonada pelos pais, só restando-lhe trabalhar vendendo o corpo para desconhecidos. Filhas costumam parecer com o pai, está moça era muito parecida com o homem. Este sentiu que era pai da menina, não praticou sexo, porém, saiu dali arrependido. Na mesma rua é assaltado por um rapaz ele atira

TROPEIRO AMAVA MULA PRETA.

Em Londrina Paraná João tropeiro tinha uma tropa de estimação. Viajava do Paraná até Argentina. Mas de todos seus animais, o que nós podemos dizer que amava, era uma mula preta. Sua tropa era a mais bonita com mulas elegantes, por onde passava deixava saudade. A madrinha da tropa era uma Campolina Pampa. Desfilava pelas ruas das cidades com seu bailado diferenciado. Certa vez, no Rio Grande do Sul João ganhou um concurso, da tropa mais bonita do Sul. Foi passando o tempo envelhecendo as mulas, o tropeiro resolveu fotografar suas princesas. Certo dia a mula preta morreu, o homem ficou triste tanto que botou luto. Diziam as más línguas, que ele tinha um caso com a mula de seus amores, a mula preta. Quando já estava velho, sem poder viajar sua consolação, era olhar as fotos das mulas. Às vezes ficava delirando e falando com as mulas, como se estas tivessem vivas. Era preciso alguém o avisá-lo que ele estava falando sozinho. As mulas só existiam na sua imaginação. Era tanta sua

TROPEIRO COMIA POUCO E ROUBAVA.

Da Bahia para o interior do Piauí, começo no século XX, tempo das tropas. Um rapaz baixinho, com traços europeus, branco, olhos de manduri, meio verde ou azul. Saiu corrido da Bahia com três cavalos roubados. Chegou ao Piaui, foi recebido por um comerciante, dono de tropas para o norte do Piaui e Pernambuco Bahia. O tropeiro baiano disse que saiu corrido por outro motivo, mas não queria voltar a Bahia. O patrão, o dispensava das viagens para Petrolina e Juazeiro. Foi um bom empregado, casou no Piauí gerou familia. Mas o homem tinha além do defeito de pegar no alheiro, comia pouco ele empregados e familia. Era tão sovina que quando fazia viagens escrevia o nome na farinha para a pobre mulher não a comer. Certo dia passou um primo da mulher deste ela disse que só não servia uma qualhada, porque não podia mexer na farinha do marido tropeiro; este viajava para o norte piuiense e demorava um mês para chegar. O primo que sabia ler e escrever falou: “não se for por isso, escrevo igualzi

Irmãos Maranhenses

Irmãos Maranhenses Tempos difíceis aqueles de 1958, no interior Maranhão. Seca, política na mão de poucas famílias; como é de rotina nas cidades do interior do Brasil, viviam estes dois rapazes: Pedro mais velho, Paulo veio depois. Eram unidos e cheios de desafios, certo dia Paulo chamou Pedro para saírem pelo mundo, foram para Goiás, como eram gente da roça foram para uma fazenda. Não sabiam eles, que alí quem entrava era escravizado. Pois bem, já que estava feito a besteira, de entrar onde a lei é do mais forte, eles bolaram um meio de sair daquele inferno e libertar uns coitados, também escravos deste fazendeiro malvado. Passaram dois anos se fazendo de bobos, mas arquitetando o dia e hora da revolta, liderada pelos maranhenses. Quando sentir firmeza nos companheiros, marcaram o dia e hora da tomada dos capangas e em seguida dominaram o monstro do fazendeiro. Foi uma praça de guerra pegando pistoleiro na mão, como eram muitos e dispostos saíram vencedores. Patrão pagou todos e c