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Mostrando postagens de 2015

MENINO DE POUCAS PALAVRAS, MAS CURIOSO.

Adão da zona rural, Dom Inocêncio Piauí, nasceu em uma casinha em que nunca teve rádio e poucos livros de suas irmãs. Tinham de inventar suas brincadeiras fazendo batuque em lata para aprender dançar e conseguiram. Ele e suas irmãs todo eram pés de valsa. Adão era curioso com palavras diferentes do seu pequeno vocabulário. Certa vez ouviu dois homens brigando por causa de caminhão velho. Ademar de Coronel José Dias e outro. Foi quando um deles falou: Homem-1: — Sabe de uma Coisa se conselho fosse bom seria vendido e não dado, falou o motorista. O outro e Adão só ouviram esta máxima.  Outra vez contavam um caso de uma morte no sertão investigando quem teria matado o homem, na região, hoje Capitão Gervásio, século XIX./XX. O delegado pergunta a um que responde:  Homem -2: — Seu delegado não sei informar, porque ao chegar perto do cadáver fiquei amedrontado! Adão achou bonita esta palavra levando-a para ele e seus irmãos. Ou vez Anália da Alexandrina uma vizinha, de Passagem do

MENINO SERTANEJO CONCENTRADO NO QUE FAZIA.

Havia um menino no sertão, Dom Inocencio, Piauí, perto de Salgado que não era chegado aquele estudo, que mais desmotiva que ensina. Sua avó uma mulher analfabeta, foi quem fez o moleque aprender alguma oisa. Dizia a avó deste Gury: —Meu filho, homem precisa ler e fazer contas falava sua avó. O menino focava pensando no que dizia sua avó... Uma coisa era certa, este menino não gostava de estudar, achava sem valor no sertão de seu tempo. Queria ser tropeiro, sanfoneiro e valentão acabador de forrós, ou caçador matador de gato que o couro dava dinheiro. Mas o pequeno tinha um poder de concentração invejável em muitos jovens bem nutridos de hoje.  Certa estava na feira de São João do Piauí, um tio comprava uma carga de milho medida no prato de madeira. O pirralho olha e contava junto a mulher que vendia o milho. Chegou uma hora que o menino disse que ela erara na conta. Seu tio confiou na palavra do menino, tiveram de medir de novo, a criança estava certa.  Na feira, é como d

MINEIRO FAZ DA BAIANA FAMINTA UMA FAZENDEIRA.

Meus amigos do Piauí gente das letras, acham minhas histórias tristes. Realmente são não invento nada. Conto. Ano 1932 um boiadeiro de Minas Gerais vinha de Paraíso Goiás, hoje Tocantins. Errou o caminho para Minas e saiu no sul baiano Planalto. Era tempo de uma seca braba. Muita fome e morte por causa da seca em todo nordeste. O boiadeiro chegou com seus parceiros, em uma casinha pobre onde não havia mais animais nenhum, como porcos, cabras e galinhas, as que não morreram foram comidas pela família. O viajante pede pousado e comida. O sertanejo falou que podia arranchar, mas comida fazia uma semana que não comiam nada. Aí ocorreu uma cena triste...  o dono da casa ofereceu uma moça, que apesar da miséria era bonita, a única que tinha um pouco de carne, os outros eram só ossos.  O mineiro ficou chocado com tanta miséria, jogou uma guaiaca, bolsa de couro, na mesa e mandou o homem comprar alimento para comerem por um ano. Disse o boiadeiro dinheiro ganho outro, mas não devemo

CARLINDO MAROTO LUTADOR.

Carlindo maroto filhos de Maria Lina. Carlindo têm mais seis irmãos, ainda vivos ele e duas irmãs. Ele fez 90 anos em 25/11/15. Foi criado sem pai passou fome, foi alugado por Alvino Soares para ganhar um dinheirinho e comer. Por isso Carlindo aprendeu valorizar o pouco que tinha. Certa vez estava ele doente de sarampo, sua mãe matou um cabrito do mesmo, para alimentar o menino Carlindo chorou, mesmo doente ele não queria matar seu bode.  Sempre foi trabalhador e econômico. Honesto. Ainda hoje tem seu gado só vende em último caso. Carlindo não gostava de gente gabola, quem se auto valoriza. Tipo Raimundo Rocha um vizinho. Suas namoradas eram gente humilde negras de Jatobazinho. Seu irmão Manoel era namorador até das moças de Moreira, um orgulho para mãe Maria. Quando Carlindo foi casar pediu opinião ao cunhado  Plínio  Ribeiro, que o aconselhou casar com uma prima moça bonita e de caráter. O maroto Carlindo tinha uma entre muitas, a capacidade de ouvir duas conversas ao me

REPÓRTER SP QUE DOMINA O INGLÊS.

Na condição de ex- tropeiro e operário de fábrica, meu estudo foi precário, principalmente no inglês. Não sair do verbo to be. Pensei em fazer um curso específico nesta língua, mas parei. Leio catando palavras e só isso. Uma coisa percebo quando alguém fala em inglês sem ficar tenso forçando a barra. Hoje na Avenida Paulista assistir um repórter da (Rádio Jovem Pan SP), entrevistar um turista em inglês, notei que nosso jornalista falava fluentemente esta língua universal. Não posso deixar de registrar, que de todas as profissões, acadêmicas os jornalistas são os que escrevem melhor. Também muitos professores de português, advogados mais ou menos. Considero os escritores, jornalistas por ofício os melhores. São organizados e bons de se lê. Eça De Queiros. Clarice Lispector, Humberto Eco entre outros. Textos de economistas, engenheiros e médicos são indigestos. NHODÃO

SULTÃO SALVA MENINO MAS É MORTO PELO DONO

Este falo ocorreu em Minas Gerais no século XIX. Um homem vivia no pé da Serra do Rola Moça, aquela que Mario de Andrade, poeta, escritor fala em versos. Vivia com a mulher e um filhinho pequeno de dois anos. Certo dia aconteceu uma fatalidade, a mulher foi morta e comida por uma Onça pintada, só sobrou  a carcaça de Divina. Fábio ficou só com Sultão cachorro e seu pequeno chorando pelo ocorrido. Como estava sem munição para sua espingarda, Fábio deixou à criança, com Sultão guardando o menino. Fora à cidade comprar alimento e  carga para sua espingarda. Na volta veio um pensamento em Fábio... não deixei comida para cachorro, e se ele matar meu filho para matar a fome? Ficou com esta ideia macabra martelando a cabeça até aproximar do casebre. Quando ia chegando, Sultão correu latindo em direção do seu dono, este vendo que o cachorro estava sujo de sangue, não pensou duas vezes: atirou no melhor amigo que caiu latindo na beira da estrada. Ao entrar na Oca viu seu filhou chora

QUERO QUERO AVE VALENTE.

Tenho um gosto pelos pássaros porque elas voam e cantam.  Não sei se de tristeza ou alegria. Em toda América Latina existe este pássaro Quero Quero. Uma ave de pequeno porte, gosta de capoeiras, campos de futebol e não pousam em árvores. Em minha terra era Quem Quem. Seu ninho é feito no chão enquanto seu parceiro faz guarda ela choca os ovos. Um pássaro valente ataca jogador alto e musculosos e qualquer predador. Chegaram a expulsar Falcões trazidos para espantá-los dos aeroportos no brasil.  Outro de assistir elas espantar uns Caçarás que comiam filhotes de pombos que estavam  desesperados , pombos não sabem brigar. Tem bicos moles como o cérebro de alguns  políticos  metidos a intelectuais. Hoje vi uma cena: Quero quero brigando com outros pássaros, logo  ali  haviam três pintinhos de Quero quero uma gracinha de bichinhos... Assim como a seriema o Quero Quero é bem brasileiro de Norte a Sul, Sudeste, Centro oeste NHODÃO

ODE DO TEXTO

·  Fabiana com o curso prazer do texto, Um despertar este amor à leitura, E escrever e ler no contexto, Acumular uma sólida cultura; Tenho colegas de boa qualidade; Que proporcionam força e incentivo, Tenho gosto e felicidade, Para desbloquear minha mente, O estudo é de boa qualidade. Afinal à vida não é acidente. Como comida boa agente repete, Pretendo fazer de novo este curso, Leitura pratica ir ao Tibete, Também aprender fazer discurso, Direto e indireto nas pessoas, Da gramática língua portuguesa, Do Fernando e outras pessoas; Seja classe plebe ou da nobreza, Vou com união também muita força, Fabiana e colegas  dão contra-força. NHODÃO

ODE DO TEXTO

·  Fabiana com o curso prazer do texto, Um despertar este amor à leitura, E escrever e ler no contexto, Acumular uma sólida cultura; Tenho colegas de boa qualidade; Que proporcionam força e incentivo, Tenho gosto e felicidade, Para desbloquear minha mente, O estudo é de boa qualidade. Afinal à vida não é acidente. Como comida boa agente repete, Pretendo fazer de novo este curso, Leitura pratica e tomar sorvete, Também aprender fazer discurso, Direto e indireto nas pessoas, Da gramática língua portuguesa, Do Fernando e outras pessoas; Seja classe plebe ou da nobreza, Vou com união também muita força, Fabiana e colegas me dão força. NHODÃO

CORDEL RESUMO DO DIA.

Hoje acordei pensando, Como viver bem à vida, Mesmo, com governo ruim, É só tocar minha lida, Namorando Aparecida; Na São João avenida, Sem abusar da bebida. Ouvir tocar o forró, Fazer chorar a sanfona, Minha voz quero soltar, Sem ser mais um cafona; Posso viver numa boa, Pescar naquela lagoa, A política é zona. Mas, não sou analfabeto, Um chamado de político, Que vota, não participa, Afinal, não sou eremítico, Sim, um cidadão do mundo, A mui amigo do Edmundo, Contudo feroz acrítico. NHODÃO

MESTRA IRONILDA UMA HEROÍNA PARAIBANA.

Neste mundo cão, às vezes lemos ou vemos coisas interessantes. Vi pelo Repórter em Ação da Record mostrando a seca no sertão paraibano, os homens cavando cacimbas, coisa que já fiz, e ainda achando a água boa. Realmente acho água de cacimba melhor do que dos açudes e poços, onde gados urinam e defecam. Fiquei admirado com a professora Ironilda de matemática, que revolucionou à matéria para muitos difíceis e chata. No meu pouco estudo tive professor de matemática que em português e outras matérias eram bons tanto quanto a matemática.  Mesmo assim aprendi aritmética bem e alguma coisa dada no ensino médio, sabia fazer equações 1º e 2º grau, raiz quadrada, mais ou menos.  Uma coisa é certa: sei a tabuada de cor e salteada.  [ 9x9+81, 7x8+56...] É isso, se educação, se fosse levado a sério por quem governa, este país seria primeiro mundo em tudo. A professora ganha somente 1.200, OO reais por mês. Mesmo assim faz sua parte com amor e dedicação. NHODÃO

VIDA UMA PONTUAÇÃO CONSTANTE.

{[(.) (,) (:) (;) (?)(!) (“ ”) (...) (—)]} Se no princípio foi o verbo ainda continua. Tudo vem do pensamento transformado em palavras, que dão nomes e sentido à vida.  Com o Ponto final dou fim ao meu pensamento, virgula ordeno o que é ordenável. Ponto e vírgula vai no mesmo caminho, mas com adversidade. Dois pontos explico e cito. Exclamação, uso o tempo todo nas coisas das quais, não entendo, duvido, estranho ou não concordo. Interrogação, também fazem parte do cotidiano. Aspas uso quando me valo do pensamento dos outros. Reticências são constantes no ato de pensar com um pouco de lógica. Travessão são íntimos com os parceiros. Com os números faço minhas contas. Se no princípio foi o verbo, ainda continua. NHODÃO

PENSAMENTOS DE NHDÃO

Não “votam como jumento, e cobrar dos governantes como leões”. Um amigo de Oeiras Piauí. Não esperar milagres deitado e sim estudar e trabalhar. O mundo é esta loucura que vemos, devemos fazer nossa parte. Amigos, temos uns mais amigos, que estão conosco em tudo na vida. Porém, existem os amigos covardes que na hora que mais precisamos nos deixam no fogo cruzado. Vida eterna, existe para que tem o dom da fé. Deus nos deu livre arbítrio. A ciência ou criacionismo? Os dois cada uma fazendo sua parte. Inferno existe? Sim aqui na terra. Morremos como vivemos fazendo o bem ou mal. Pensamentos de Nhodão.

CRIANÇA SEM CÉREBRO NÃO!

Chove no sudeste, mas não no nordeste. Matam no nordeste também no sudeste, Epidemia gera criança sem cérebro, Se não melhorar vamos ter  até zebro.  Corre risco de sub-raça mental, E não cursar ensino fundamental, O país pode ficar  mais burrado, Uma geração  de homem afetado.  Urgente governo deve trabalhar,  Temos uma Ciência competente. Se inaptidão não atrapalhar, Que seja ágil nossa presidente. NHODÃO

AMÉLIA E SEVERINA MULHERES VERDADEIRAS.

Amélia como  Severina, simbolizam  a mulher sofrida e pura no Brasil de norte a sul. Raul casou por interesse financeiro com Vanda. Mas vivia uma vida de humilhação, porque a mulher só pensava em luxo e passeios. Ao ponto que Raul um dia desabafou... — Ai que saudade da Amélia, aquilo é que era mulher de verdade fala Raul. — Às vezes passava fome ao meu lado e ainda dizia: — Meu bem o que a de fazer. Respondia sem vaidade Amélia. Raul penava que besteira fizera deixar minha Amélia tão simples, mas pura. Quando ela mesma construía nossa colcha de cetim éramos felizes. Hoje na riqueza em que vivo não sou feliz. O jeito é continuar o martírio, até o dia que Vanda quem sabe morresse assim ele ficava com uma boa mesada do sogro empresário. O dinheiro traz alguma felicidade, mas não compram um amor verdadeiro e inocente dos puros de coração. Pensava Raul. Raul como a mulher não morreu teve de separar e procurar sua Amélia, que mesmo pobre era mulher de verdade por não te

JOÃO RIBEIRO PEÃO VIOLEIRO FAZENDEIRO.

João Ribeiro nascido no Pará, mas foi ainda jovem para Mato Grosso. Lá era peão de boiadeiro na Fazenda Estrela do seu Zé Rocha. João um peão corajoso e bom violeiro e berranteiro. O peão apaixonou-se por uma  jovem , Samara filha de fazendeiro Mateus. O rico fazendeiro não queria que sua filha cassasse com pé rapado. João ficou contrariado, mas pensou como ficar com sua linda Samara, moça de olhos cor de garapa.   Certo dia pegou seu Pingo selou com sua viola foi a casa do fazendeiro.  Chegando lá seu Mateus mandou o se arranchar no Galpão ao lado, e logo vir para sala tomar um café. João fez como Mateus mandou.  Quando João falou do que o levou a fazenda, seu Mateus quase expulsa o estanceiro. Contudo, acalmou-se. João pegou sua viola e fez umas valsas românticas, antigamente valsas eram moda nas classes ricas, sejam da cidade ou do interior. Quando seu Mateus e sua mulher foram dormir, João saiu com Samara na garupa do Pingo curtindo o vento pantaneiro e um luar das

MARCOLINO ORGULHO DOS MAROTOS.

Existe no interior, Dom Inocêncio, Piauí uma raça de gente denominada marotos. Segundo pesquisa, este povo morava na zona rural de Simplício Mendes, Piauí. Pensamos origem são europeus talvez, espanhóis ou portugueses. Esta gente tinha um costume de casarem entre eles, gerando problemas de aleijo retardamento, depois eles abriram para seus filhos casar com gente de fora do grupo. Em São Pedro havia uma Rufina com sangue de marotos. Seus filhos  quando faziam alguma coisa, que julgavam bem feitas soltavam.   —Afinal, sou bisneto de Marcolino maroto nato Julieta uma bisneta de Marcolino certa vez vangloriava, quando fez uma costura na medida redonda. —Saibam que sou bisneta de Marcolino. Rufina mãe da prole, não suportando tanta asneira, adverte:   — Marcolino não sabia fazer nada, além de cerca de pedra. O que não deixa de ser uma arte. Mas existiram lá alguns marotos inteligentes que são eles: Firmo do Salgado, Manoel Maroto filho de Maria Lina, os filhos de Severo, Jonas e Me

SOLILÓQUIO ADÃO E NHODÃO.

. Outro dia ouvi uma conversa Íntima entre Adão e Nhodão, mais ou menos assim: — Adão, você se considera inteligente Nhodão? Indagou Adão. —Nhodão, sei que tenho alguma coisa boa.  — Mas estou longe de ser uma pessoa inteligente veja como continuo pobre. — Adão, — acho que seu conceito de inteligência está errado confirma Adão. — Nhodão, sim penso que gente inteligente pode viver uma vida simples. — Nhodão, vejo gente que pouco estudou, como Amador de Aguiar BRADESCO, Lula, Silvio Santos, Edir Macedo-Universal+ RECORD e são famosos. — Adão verdade, não se mede uma pessoa pelo que tem e/ou aonde chega, seja na política ou no meio empresarial. — Adão, foi bom amigo Nhodão nosso solilóquio, devemos continuar sempre neste papo. —Nhodão, concordo, — nada melhor que trocar ideias concordando ou não, sem ficar pensando em ser  dono da verdade, concluiu, Nhodão. NHODÃO

BOBO JOÃO CRIMINOSO.

Em uma cidade do interior paulista, havia um menino João, que por ter problemas mentais; apelidaram de João Bobo. O coitado vivia rindo à toa e por isso servia de graça para os moleques, ditos normais. João Bobo não frequentava escola, mas era um lazer aos estudantes de sua idade. Pois bem, certo dia João foi cercado por vários colegiais que o ameaçavam, só para ver João zangado. Este não teve saída, pega uma pedra e jogou na cabeça de um dos estudantes,  justamente no filho do delegado, o menino morreu na hora. Passou muito tempo para ser julgado, na época João Bobo era menor e sem pais influentes; todos julgavam que João seria condenado. Porém, com o tempo, todos meninos ficaram homens formados. No dia do julgamento, entrou um jovem advogado, apresentou-se como defensor de João Bobo. Foi silêncio total... quando o Juíz deu à palavra ao Dr. Advogado de defesa, este repetiu três vezes: —Meritíssimo Juiz e senhores jurados! —O Juiz irritou-se, pronto! —O Senhor não tem argumento pa
quinta-feira, 26 de novembro de 2015 BOBO JOÃO CRIMINOSO. . Em uma cidade do interior paulista, havia um menino João, que por ter problemas mentais; apelidaram de João Bobo. O coitado vivia rindo à toa e por isso servia de graça para os moleques, ditos normais. João Bobo não frequentava escola, mas era um lazer aos estudantes de sua idade. Pois bem, certo dia João foi cercado por vários colegiais que o ameaçavam, só para ver João zangado. Este não teve saída, pega uma pedra e jogou na cabeça de um dos estudantes, justamente no filho do delegado, o menino morreu na hora. Passou muito tempo para ser julgado, na época João Bobo era menor e sem pais influentes; todos julgavam que João seria condenado. Porém, com o tempo, todos meninos ficaram homens formados. No dia do julgamento, entrou um jovem advogado, apresentou-se como defensor de João Bobo. Foi silêncio total... quando o  Juiz  deu à palavra ao Dr. Advogado de defesa, este

BOBO JOÃO CRIMINOSO.

. Em uma cidade do interior paulista, havia um menino João, que por ter problemas mentais; apelidaram de João Bobo. O coitado vivia rindo à toa e por isso servia de graça para os moleques, ditos normais. João Bobo não frequentava escola, mas era um lazer aos estudantes de sua idade. Pois bem, certo dia João foi cercado por vários colegiais que o ameaçavam, só para ver João zangado. Este não teve saída, pega uma pedra e jogou na cabeça de um dos estudantes, justamente no filho do delegado, o menino morreu na hora. Passou muito tempo para ser julgado, na época João Bobo era menor e sem pais influentes; todos julgavam que João seria condenado. Porém, com o tempo, todos meninos ficaram homens formados. No dia do julgamento, entrou um jovem advogado, apresentou-se como defensor de João Bobo. Foi silêncio total... quando o  Juiz  deu à palavra ao Dr. Advogado de defesa, este repetiu três vezes:  —Meritíssimo Juiz e senhores jurados! —O Juiz irritou-se, pronto! —O Senhor não tem a

NEUZA E DUSÁ MENINAS FORTES.

Vez ou outra lembro-me das coisas de minhas irmãs, lá em São Pedro, Dom  Inocêncio , Piauí Neusa mais velha e Julieta a Dusá. Elas tiravam Mandacaru para gado, davam água gado na fonte Olho d´água. Nunca esqui uma  cena em que Neusa e Dusá, indo buscar gado na roça, cada uma vinha montada no gado; Neusa na pintadinha uma vaca mansa e Dusá no garrote da vaca de Angical. Ouve um caso sobrenatural que ocorreu com as duas. Foram elas pegar umas cabras no Baixão roça do Olímpio já noite de lua. Quando iam chegando na cruz de finada Maria Severo, Neusa disse: — Dusá quando entrei na casa abandonada fiquei com medo de Etelvina. Neste momento Neusa recebeu à presença da falecida, em forma de um calor estranho! As duas saíram na carreira gritando. Rufina mãe das mesmas, manda Raimundo Temista e ver o que acontecia. Raimundo era um primo amigo, mas o menino tinha medo de Raposa de forma inexplicável.  Julieta Dusá aprendeu uma leiturinha com Neusa e uns poucos livros. Nuca esqueci de um

SUB-RAÇA QUE MATA UM IRMÃO EM TODO O MUNDO.

Vendo a tragédia de Mariana Minas Gerais, e este terrorismo na França fico pensando por que? Mas, analisando a história do homem, dá para tirar algumas conclusões. O ser humano é ruim e bom desde o homen primata. Com todo progresso da ciência, e o bom trabalho das religões, nossos irmãos matam pelo mundo. Como diz uma amiga professora, em pleno século XXI, e com toda tecnologia de ponta era para vivermos em um paraiso. Não, vivemos no inferno. No Brasil morrem mais gente, nas sujas mão dos bandidos, que nas guerras. Cinquenta mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil . Eu Amigos não espero boa coisa desta sub-raça, isto no mundo inteiro. Lamentável, imagino que não era este o projeto divino. Nhodão

NA MEDIDA E LUGAR CERTO, UMA SURRA DOS PAIS, TAMBÉM EDUCA.

Não é regra quem apanha em criança se virar contra os pais. Em minha Terra Poção, Dom Inocêncio, Piauí, havia um fazendeiro de nome Olímpio Cacheado, casado com Mariquinha Ribeiro, tinham dois filhos, Manoel e Eliziaria. Olímpio era carrasco batia nos meninos tanto que cansava e quando ele parava era a vez de mariquinha, talvez para fazer média com o marido, que depois largou Marquinha, foi só casar Eliziaria. Olímpio tinha condição de ter mandado os filhos estudar até na Europa, mas não fez. Manoel aprendeu ler e escrever lendo um ABC nas fontes Gangorra e Poço Grande, para pelo menos ler os bilhetes de namoradas. Muitos homens daquele tempo não valorizava o estudo, como os ricos das cidades São Raimundo Nonato e são João do Piauí. Exemplo:  Isaías  fazendeiro de Inácio Pinto, os filhos são abestados, e mais alguns ditos ricos de meu tempo. Minervina de Jatobazinho, tem um neto engenheiro civil de os anos 1970. Inácio da Volta, um tropeiro, formou todos os filhos. Mas Olímpio

CIGARRA CANTA, FORMIGA TRABALHA, RATO ROUBA.

Juro que esta fábula não é de Lá Fontaine. Li não me lembro onde, é antiga como o Planeta Terra. Vamos a fábula, havia uma floresta úmida e rica em material orgânico. As formigas como sempre, continuam fazendo se celeiro de folhas para o inverno rigoroso. Uma cigarra também, como desde o começo da civilização só cantava.  Veio o inverno e a Cigarra vai pedir as Formigas que deixassem ela entrar na casa das Formigas e que sentia fome e frio. A Formiga chefe a mandou embora chamando de vagabunda, que ao invés de trabalhar como as formigas só cantava. Se não fosse uma Formiga jovem sair em defesa da cigarra esta teria morrido. Disse a jovem formiga: enquanto nós trabalhávamos ela cigarra nos alegrava com seu canto estridente agudo e afinado, confesso que me dava mais força para minha lida estafante. Deus fez o mundo onde cada ser tem dons diferentes, uns trabalham outros cantam. Assim a mestra acolheu a cigarrinha, que continuou com su sinfonia bela. Nhodão
PRIMEIRA TROPEADA DE ADÃO DO PIAUÍ/BAHIA. Como já contei como foi à última tropeada de Adão, vamos contar quando e como foi à primeira viagem de tropeirinho, de São Pedro, Dom Inocêncio Piauí, a Ouricuri –Bahia. Ano 1962, Adão tinha 8 anos, foi a pé de Poção, Domo Inocêcio, a Ouricuri Bahia. Plínio Ribeiro era comerciante em Poção e suas mercadorias eram compradas em Petrolina-PE, trazidas no lombo de burros e jumentos. Aproximadamente uns 140km de distância. Plínio levou o moleque para vigiar o rancho na ausência dos tropeiros. Plínio o dono da tropa, Inácio e Raimundo Patriarca e Adão. No segundo dia de viagem dormiram em Santa Rita, casa do Cicero Peba, Plinio manda Inácio voltar com uma jumenta que estava presa por Cicero. Contratou Anísio Gomes filho de Cicero. Adão nesta noite quase morre de tanto botar sangue pelo nariz. Isto por causa do sol quente do Piauí. Apesar de ser na época de chuvas. Em Rosilho, fizeram para debaixo de um Juazeiro, lá ocorreu à primeira de

OLGA EDUCADORA QUE ODEIA QUEM MATA E ROUBA.

Dona Olga, uma professora casada com um missionário evangélico, sempre achou que bandido é coisa social, faltou educação o que ela sempre fez educar. Um dia a filha de Olga foi estuprada e morta, ainda assim a mulher continuou defendendo bandido.  Certo dia ela foi assaltada torturada e levaram o carro, único bem da mestra. Após este dia ela mudou de opinião.  — Quero ver todo bandido morto, — comentou Olga com um agente dos direitos humanos. — Se está provado que eles não têm cura parque ficar gastando dinheiro, que poderia ir para as crianças e velhos que realmente precisam? —Certo dia foi a vez da moça dos direitos humanos— ela além de estuprada e roubada, bateram muito na moça. Outra que passou a odiar bandido. E meu amigo que acha? Este rabiscador de Word... pensa que o ser humano sempre foi assim, alguns bons, outros maus. Nhodão lina

CIENTISTA, CASA COM ÍNDIA QUE O SALVOU, NA SELVA AMAZÔNICA.

Um cientista inglês estava pesquisando pássaros no Amazonas. Levou uma chuva muito forte e ficou perdido na selva. Já quase sem esperança de salvar-se, adormeceu debaixo de uma árvore; já sem forças e esperança de voltar ao mundo civilizado. Acordou por uma linda Índia solteira de nome Ayala. No começo, nem um entendia o que o outra falava, mas o amor venceu. A Índia leva o cientista para sua Oca-cabana. Lá chegando apresenta o inglês aos seus e o protege, ninguém podia fazer mal a este homem branco de olhos verdes. Passando um tempo eles conseguem se entender, ficam apaixonados e como em parte, para o amor não há fronteiras seja dinheiro ou saber, os dois casam, geram filhos e a vida continua entre uma cientista e uma Índia nativa do Amazonas. Quando ele volta, ao seu país Inglaterra, leva esta joia do Brasil. Foi só um passeio hoje, eles vivem em plena Amazônia. Felizes para sempre. No amor, intelectualidade e dinheiro valem pouco para quem ama de verdade. Nhodão Lina

MORTE DAS PALAVRAS É POBREZA.

Um dia um homem escreveu uma placa em que estava escrito: vendem-se palavras. Segundo este, um povo que não lê, deixa morrer as palavras. Cada palavra é um pensamento.  Se estas são poucas, significa que as pessoas estão pensando pouco. Alguém perguntou como fazer para que as palavras não morram.  O vendedor da placa disse a este, que um dos meios é lendo, assim o repertório do leitor aumenta. Este tem o que discutir e sabe como fazê-lo de forma articulada. Segundo, o comerciante das palavras cada livraria, biblioteca, escola,  que fecham é um crime na civilização.  Os governantes têm obrigação de proporcionar à leitura desde o servente de pedreiro ao engenheiro. Cada minuto ao celular ou TV é mais morte da linguagem.  Cultura popular enriquece com uma boa prosa, poesia e textos. Com os bons escritores e poetas ficamos mais ricos.  Com esta placa sugestiva, este homem ganhou muitos leitores. Salve à leitura. Nhodão Lina

MAGROS GATOS DE RODOVIÁRIAS.

Visitando o Piauí desde Petrolina, fui observando os Gatos de rodoviárias. Gosto de Gatos eles são filósofos no ensinam muitas coisas. Só que fiquei triste em perceber que eles são magrinhos, só comem restos de comida e Gatos precisam de ração e carne.  Petrolina, Picos, Teresina, São João do Piauí, vi Gatos de muitas cores, até Gato de três cores, Gato de sorte. Mas não importa cor ou raça o gato é bonito.  Em minha casa temos dois um pretinho e um Angorá branquinho, cada um têm comportamento diferente. O pretinho é caçador e não gosta de visitas. Já o branquinho gosta de escalar e é meigo. Certo dia desapareceu, achei que não vi mais. Um belo dia pela tarde ele voltou magrinho. Dizem que Gatos andam km até 2 mil km. Não sou um Heitor Cony cronista, nem um Rubem Braga; dois bons cronistas, mas também tenho um pouco de sensibilidade com os animais irracionais, nossos irmãos menores segundo um religioso, não me lembro quem disse esta frase. É isso parece bobagem.  E não depende d

O VALOR DE COMPARTILHAR O SABER.

Em algum lugar no interior do país viviam uns sitiantes, Comunidade Rural.Viviam da roça e cuidando de animais, escola era tipo da pedra, no dizer o poeta João Cabral de Melo Neto. O professor não sabe nem para ele era o tempo da palmatória. Um homem comprou um Jeep Willys 1960, foi uma revolução todos o admiravam, como nos nossos dias o ter alguma coisa material causa inveja e respeito. Certo dia este homem ficou doente de repente, deu um AVC pediu para que o levasse à cidade mais perto uns 100 km, mas ninguém sabia dirigir só ele sabia. Morreu porque não ensinou aos outros como dirigir. Assim é à vida não adianta você ter algum conhecimento se não compartilhar, pode causar sua morte. A informação gera conhecimento que pode virar sabedoria. Nhodão Lina

UM NOIVO ENVERGONHADO.

Melquiades um rapaz bonito inteligente de São Pedro, Dom Inocêncio Piauí, da zona rural. Homem trabalhador ajudava seu futuro sogro Alvino, a não deixar um Açude a ser destruído pelo excesso de água. Jogavam terra na parede do tanque.  Pois bem, Melquiades foi caçar jumento em Gameleirinha com fome de todo jovem, e para não roubar comprou fiado, uma vara de cana a um rapaz de sua idade.  Esqueceu-se de pagar a cana. Logo no dia do casamento de Melquiades com sua linda Rosinha, em Salgado, qual não foi à surpresa do noivo Melquiades.  Quase na hora do casamento chega o rapaz e cobra a vara de cana. Melquiades pagou, mas o estrago da vergonha ficou para sempre. Este homem não poderia deixar para outro dia, justamente na hora mais importante, ou não, na vida de um homem casar, cobrar uma vara de cana. Nhodão Lina

QUAL MAIS RICO O REI DO CAFÉ OU DO GADO?

Em São Paulo, no tempo do café na cidade de Ribeirão Preto, ocorreu um caso inusitado. Um homem entra em um bar frequentado por ricaços do café. Neste ambiente a champanhe corria solta. Estava ali o rei do café. Uma mulher, destas de nariz empinado, levanta-se e fala com o gerente.  Admiro como pode um sujeito deste não se olhar, que aqui está o rei do café. O senhor podia mandar este maltrapilho sair. O gerente argumentou que não poderia fazer isto, nem sabia quem era o homem. Naquele tempo era difícil separar pela aparência fazendeiro de peão. Botas todos usavam. O homem pede uma pinga , segundo ele, era para rebater a friagem chovia muito em Ribeirão Preto. Após tomar a cachaça deu uma nota de (mil contos de réis) para cobrar a bebida e falou para o atendente ficar com o  taroco . Virou-se para aquela mulher e os convidados, que se quisessem saber quem ele era, podiam ir a Andradina Paraná e perguntar pelo rei do gado. Disse ainda, que para cada pé de café do rei deste lu

CORISCO COMO PROVA DE TRAIÇÃO AMOROSA.

Nos Rincões, do Piauí aconteceu muitas coisas interessantes, no meu tempo de tropeirinho. Lembrei-me de uma envolvendo o amor traição ou suspeita. Em um lugar chamado Poço Fundo, morava um fazendeiro e comerciante. Este tinha um filho, rapaz bonito e muito namorador. Um Vitorino homem que vivia de fazenda, em fazenda, veio morar perto deste fazendeiro. O comerciante era bom vizinho, ele e sua  família , o nome era trabalho. O novo vizinho tinha uma mulher um pouco bonita, mas judiada sofrida, pela pobreza. Vitorino desconfiava, de que a mulher estava o traindo, com o filho de Fazendeiro. Certo dia resolveu apertá-la para ver se era verdade do que desconfiava. — Vitorino, Severina você está me “traino” com o filho do vizinho? — Severina, você está louco “ homi? Sou mulé séra”  — Severina, tu “qué “que um corisco te parta? — Perguntou Vitorino. — Severina riu... — T e   peguei! “Ocê mi traiu”. No outro dia Vitorino vai tirar satisfação como seu vizinho fazendeiro. Min

NO MEU SERTÃO MOÇA NÃO ANDA SOZINHA.

Tenho obrigação de contar algumas coisas que julgo relevantes do meu sertão piauiense. Interior, Dom Inocêncio, Piauí. Ali pelos anos 1963/ 70 uma moça não podia andar sozinha era proibido andavam duas ou com um menino. Mulher casada podia andar que caboclo nenhum era louco de mexer com mulher dos outros. Contaram-me que um tal de Feliciano indo por um caminho enxergou uma moça conhecida vizinha, ela seguia no mesmo sentido, Feliciano correu atrás da moça, deixando-a desesperada.  Esta, chegando em casa contou tudo ao pai, que claro, tomou providências. Falou com o pai de Feliciano que, interroga a Feliciano, porque corria atrás da moça. — Feliciano porque você correu atrás de fulana? — Tio eu queria só chegar mais rápido, não estava querendo fazer mal a moça. — Então sendo assim você está perdoado, — respondeu o pai de Feliciano. O caso ficou por aí mesmo ninguém apanhou nem houve morte. Foi só um mal-entendido. Nhodão Lina

O PRIMEIRO AMOR É ILUSÃO.

Amor não corespondido só desilusão do menino da calça remendada. Barros e Dorinha eram vizinhos. Barros tinha uma paixão por Dorinha, mas esta parece que odiava o menino que não era tão feio, só pobre vivia remendado e nem calçado tinha calçava chinelo de dedos que ele mesmo fazia. Um dia Barros estava em cima de uma Pitombeira deixando suas alpercatas velhas no chão. Nisso chega Dorinha e sua irmã Luzia, ao ver o chinelo velho uma das duas, acho que foi Luzia. — olha as “pracatas” do cu rebocado! — Barros reponde:  — São minhas! As meninas saíram na carreira. O pobre garoto neste dia perdeu toda esperança. Em 1971 à família  de Dorinha saíram de lagoa do Pedro, município de Dom Inocêncio Piauí, e foram morar em Coronel José Dias no mesmo estado. Barros após tirar algum documento foi para Mato Grosso ser peão de boiadeiro cuidar de gado. O rapaz além de tocador de gado era bom violeiro e sanfoneiro. A filha do fazendeiro apaixonou-se por Barros. O pai da linda mato-grossens

NASCER, VIVER E MORRER VELHO.

Abel-Leba, um menino lá do rincão piauiense sertão, morava perto de um cemitério. O moleque “gostava” quando morria gente, por causa da festa com comida boa. Para o gury’, os parentes que chorassem pelos seus mortos. Era só inocência de Abel, mas foi bom estas cenas; ver gente cavando as covas e mortos, para o menino pensar na vida derradeira. Para quem acredita em Deus, consola-se pensando na vida eterna.  Leba- Abel, não quer morrer, no entanto, acha à morte uma coisa mais natural que a natureza nos deu.  Abel-Leba gostaria de ser enterrado junto a sua gente, no Piauí Dom Inocêncio, mas morrendo no Parana onde sobrevive, sabe que não poderá ir para seu Piauí. Leba-Abel saiu de sua terra faz um tempo, por necessidade. Coisas da vida. Nascer viver e morrer se possível bem velhinho. Nhodão Lina

FREIRA E O LADRÃO

Uma Freira, senhora de sessenta anos, foi assaltada por um ladrão menor, alto e forte, que além de bater na religiosa debochou de Deus, mas foi castigado. Ficou paraplégico. — Bandido, é um açaulto! Paçça tudo véia! — Freira, meu Deus! Meu filho pense em Deus.. — Ki deus! Çou ladrão, entrega tudo senão morre! — Meu filho você tem mãe lembre-se dela... — ladrão, toma! — Freira Ai! Mas dá os pertences ao meliante. O bandido sai correndo, logo é alcançado pela polícia, troca tiros ficando paraplégico para o resto da vida. Nhodão Lina

ESCREVER SE SABE E TEM O QUE DIZER.

Escrever para Carlos  Drummond  é tristeza. Fernando Pessoa acha que escreve para esquecer. Clarice Lispector, escrevia para tentar entende-se com o mundo louco. João Cabral de Melo Neto, disse que escrevia como quem cata feijão, lavava na água pegava o que era bom, assim era escrever para o poeta engenheiro. Seu colega Olavo Bilac, príncipe dos poetas, considerava o ato de escrever como o do ourives, este trabalha tanto a joia até esta aproximar à perfeição. Graciliano Ramos escritor, que tem o poder da síntese, falava que escrever devia ser como faziam as lavadeiras de sua Palmeiras dos Índios Alagoas. Muita gente diz que para escrever é preciso antes ler muito. Em parte, estes têm razão.  Outro dia li em blog, não lembro o nome de quem escreveu, este dizia que não é bem assim. Se fosse fácil só ouvindo música um sujeito virava um músico. Penso e respeitando os ilustres escritores e poetas. Que escrever pode ser tudo isso, porém, é preciso saber regras gramaticais conven
ÚLTIMA TROPEADA DE ADÃO NO PIAUÍ. Em 1972, Adão fez sua última viagem de tropeiro da Volta Dom Inocêncio Piauí, para Carnaíba no mesmo estado. Uns 95 km. Saiu da Volta com tio Lalau e Simão filho de Pedro Lalau. Mariano Marcos fez à cal para o irmão, assim Mariano pegava um dinheirinho e recebia o padre que viria de São Raimundo até ponta da Serra no mesmo estado. No dia que foram pegar a cal, Adão  moleque na flor da idade, não se contenta e pergunta: —Tio Mariano Francelino vai fazer forró  na chegada do padre? — Mariano: “meu filho eu cuido da recepção do padre, este negócio de forró é só com Francelino”. Ao saírem tio Lalau fala para Adão: — “Viu meu filho como respondeu o compadre Mariano”? Adão ficou meio envergonhado. Seguiram a viagem, fazendo paradas para descansar tropa e tropeiros. Lá pelo meio da estrada, logo pela manhã, Lalau fala que teve uma visão em que ocorrera alguma coisa na casa dele. Havia uma mulher para ganhar neném. Foi verdade, naquele

ÚLTIMA TROPEADA DE ADÃO NO PIAUÍ.

Em 1972, Adão fez sua útima viagem de tropeiro da Volta Dom Inocêncio Piauí, para Carnaíba no mesmo estado. Uns 95 km. Saiu da Volta com tio Lalau e Simão filho de Pedro Lalau. Mariano Marcos fez à cal para o irmão, assim Mariano pegava um dinheirinho e recebia o padre que viria de São Raimundo até ponta da Serra no mesmo estado. No dia que foram pegar à cal, Adão  moleque na flor da idade, não se contenta e pergunta: —Tio Mariano Francelino vai fazer forró  na chegada do padre? — Mariano: “meu filho eu cuido da recepção do padre, este negócio de forró é só com Francelino”. Ao saírem tio Lalau fala para Adão: — “Viu meu filho como respondeu o compadre Mariano”? Adão ficou meio envergonhado. Seguiram a viagem, fazendo paradas para descansar tropa e tropeiros. Lá pelo meio da estrada, logo pela manhã, Lalau fala que teve uma visão em que ocorrera alguma coisa na casa dele. Havia uma mulher para ganhar neném. Foi verdade, naquele dia nasceu, um dos filhos de Jesus filho

8 BAIXOS A TOCAR NA LATADA.

O homem dos oito baixos, Em um forró no sertão, Fazendo os negros dançar, Na latada um poeirão, Toda gente do lugar, Cirano Dias, Nhodão. Como era bom balançar, Samba na ponta do pé, Rita, luzia e Maria Júlia, Fátima, Rosa, Nazaré. Bebendo a boa cajuína, Lá no riacho do Jacaré. Um tempo que não mais volta. Dos bons forrós de latada, Brigas na peixeira-facão, Preferia minha amada, Fazer farinha na serra, Na ladeira da Ramada. Nhodão Lina