PRINCESA DOS TROPEIROS.
Sorocaba Interior paulista feira de muares onde vinha gente
de muitas partes do Brasil e da América Latina seculo XIX.
Antônio um
tropeiro patrão, puxava muares da Argentina, só comprava a dinheiro e coisa
boa. Na linguagem do tropeiro: animal berro groso. Uma viagem de até 5 meses
ida e volta. Antônio viajava com Juca, Juraci e Jonas este o cozinheiro.
Em uma
destas viagens incansáveis, Antônio certo dia teve um pressentimento, de que acontecia algo de errado em sua família. Mulher e uma filha criança que eram a razão de sua vida
tropeira. Queria dar uma condição melhor para elas mulher e filha.
Chegando a
Sorocaba, deixou a tropa com o capataz Juca e corre para casa. Chegando lá não
encontra ninguém. Vai a casa do compadre saber do que ocorreu. Encontrou esse
como sua filinha Cidinha na roça. A menina ao ver o pai corre chorando ao
encontro do pai. Antônio pergunta o que aconteceu, mas o compadre manda o
esperar um pouco, que contaria em detalhes.
A menina
fica entalada só a mamãe... Antônio começa a ficar preocupado, contudo, espera
o relato do compadre José. Compadre José diz a Antônio, que a mulher morreu com
tripas enroladas, uma doença que sem socorro médico mata de forma rápida.
Antônio resolve
levar a menina na próxima viagem. Os padrinhos acham um erro, mulher tropeira,
mas o tropeiro leva assim mesmo. Contrata um professor particular, seu januário,
para ensinar o básico a Cidinha. Esta quase não se interessa pelas aulas de
gramática e matemática, mas aprende; gostava mesmo era das aulas com com Juraci de como lidar com animais, brigar como um peão etc.
Chegaram a Sorocaba
Cidinha vai a casa dos padrinhos que os aconselharam-na a deixar essa vida de
tropeiro e casar. Mas Cidinha não os escuta.
Teve um
festa na casa de José o compadre de Antônio, onde violeiros tocavam todos, pensando impressionar Cidinha que também era violeira. Mas ela gostou foi de um moço tímido que entrou na festa sem ser convidado.
Procurou
saber da vida do rapaz; de onde veio o que fazia. Ficou sabendo de Francisco o cantador, que este era um
tropeirinho sem pais que vivia a viajar como ela. Pronto! Ali nasceu o amor
entre os dois. Cidinha o convidou a viajar com ela e seu pai, mas Francisco não aceirou
viajou com outra tropa.
Passou um
tempo e Cidinha nunca mais viu Francisco. Ficou
muito triste. Até que um dia o encontro em uma estância tocando viola e
cantando. Conheceu logo sua voz bonita e inconfundível.
Pergunta por
que ele sumiu. Francisco responde que, ficou trabalhando de empregado para
depois fazer uma tropa sua. Comprava mulas pequenas amansava no crescimento
ficando pronta para montar.
Convida
Francisco para voltar juntos para Sorocaba ele aceitou. Já namoravam e logo
casaram.
Seu Antônio
morreu de tanto desgosto por falta de Mariana sua mulher e não poder viajar o que
tanto gostava.
Cidinha já
com um filho deixou de viajar por uns anos. Francisco demora chegar de uma
viagem da Argentina. Deixa a mulher aflita com seu Joãozinho já com 10 anos. Cidinha,
prepara uma tropa e segue ao encontro do
marido, saber o que aconteceu.
Para isso,
ela se veste de homem e avisa ao capataz que era para falar, que sua fala fina
foi um acidente. O tropeiro patrão quase não conversava com peões. Estes
viajavam atrás ou na frente da tropa. Chegou à Argentina foi perguntando nas paradas por onde Francisco costumava parar, em um ponto desses, ficou sabendo,
que este e seus companheiros, foram mortos por ladrões de cavalos Castelhanos.
Ficou arrasada. Mas teve de continuar na vida tropeira coisa que ela tanto gostava.
Quando passava
por Passo Fundo RS, um fazendeiro pede a José seu nome de guerra, se podia levar
seu filho até Sorocaba para estudar. Júlio enquanto a mãe era viva não deixava o
rapaz fazer nada sem que ela decidisse por ele. Castrou o rapaz, que apesar de
inteligente, ficou indeciso.
Seguiram
viagem José que na verdade era Cidinha, ficava horas e horas pensando no destino
trágico de Francisco. Em uma destas paradas onde ficavam alguns dias engordando
a tropa, José estava na beira de um Riozinho pensando, quando chega Júlio e
pergunta se pode conversar um pouco com o patrão, pois os peões tinha um papo
insípido. José mulher mascarada de homem responde falar de que? Júlio responde sobre à natureza à felicidade. José fica admirado com o filosofar do rapaz e
dar atenção, o mesmo que discorre sobre muitos assuntos. Terminam a viagem e
Cidinha já começa a gostar de Julio, mas sem se revelar.
Joãozinho pergunta a mãe por que ela não casava com Julio? João gostava muito de Júlio. Cidinha
responde quem sabe...
Quando iam
chegando em Sorocaba Cidinha diz a Júlio que tinha um segredo a revela a ele. O rapaz
fica curioso, no entanto, espera o dia da revelação. Quando Cidinha se mostra uma
mulher linda Júlio ficou perturbado, via
sempre um amigo diferente e agora uma linda mulher. Cidinha era muito
inteligente. Resolve dar tempo ao tempo para ver se ele se encontrava. Volta a
Argentina e Júlio continua seus estudos. Mas este ao sentir a falta de Cidinha conversa com seus
professores que o aconselharam ele tomar uma decisão. À vida pede que sejamos
decididos, façamos escolhas.
Júlio procura
um capataz e retorna a Passo Fundo RS, onde encontra Cidinha já de volta. Declara
seu amor, ela aceita, retornado a Sorocaba casam. E como o destino dela era
viajar continuam viajando. Imagina esse, modesto escriba, que ainda hoje
viajam.
Foi esse o
relato da Princesa dos Tropeiros de Sorocaba SP.
Contou,
NHOZINHO XV.
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