ÉDEM/PARAÍSO

Certa vez li um artigo, de um cientista da área médica dizer, que hoje o homem pode viver até 150 anos. Mas na opinião do Doutor, isso não tem vantagem alguma, viver muito à vida fica chata.  Na natureza tudo tem sua razão de ser. Não saber o dia que vamos morrer e ter medo da morte faz parte. Uma tia minha do Piauí me falou: “acho que viver mais de 90 anos à pessoa, além de sofrer muito fica sem ambiente; porque seus amigos e parentes maioria já morreram”. Eu com 44 anos em São Paulo trabalhei com muita gente e muitos já se foram. Raquel de Queiroz, a escritora, também disse que estava ficando sozinha, seus amigos e parentes quase todos já haviam morridos. No município que moro, vez em quando fico sem um conhecido. Minha rua é pequena, em 27 anos, já foram uns 15. Gente jovem para os padrões de hoje. Fico pensando que sentido tem à vida... ainda mais, neste mundo cheio de desgraça vinda, de todos os lados. Quem sabe morrer é bom. Mas quero ficar mais uns anos. Nhô Adão

Os cronistas costum falar que às vezes ficam sem assunto para suas crônicas o que é normal.Mas quem sabem escrever sempre têm repertório.E como conseguir matéria.? Vão falando sobre um tema besta e no final sai uma bela crônica. Este rabiscador de Word, não é nada nas letras,Contudo, gosta de  escrever  o que vê e ouve no  cotidiano. Outro  dia viu um patrício do Ceará fazendo piada com o nome do Estado do Piauí.  Dizia ele que quando o Piauí estava sendo invadido, pois já existiam os  índios , não sabiam que nome dar ao Estado,Um “espertinho” falou: ‘ Pióí’ Aí surgiu Piauí, que segundo fontes, vem do peixe Piau que tinha muito no Rio Parnaíba. Escrever é brincar com palavras, mas que o texto tenha algum sentido, ordem e fim.  Muitos escritores dizem que escrevem para desafogar o ego.Na maioria das vezes, nem pensam que seus textos prestam, para alguma coisa. Entendi que vale apena ler qualquer coisa. Mas temos de saber lapidar o que lemos vemos e ouvimos. Sendo assim, saiu

Zefinha queria muito um filho, ela só tinha meninas. Veio seu quinto filho, mas com problema de saúde. Zefinha era uma devote de Nossa Senhora. Rezava para que seu filho melhorasse e nada. No entanto, ela nunca desanimava, rezava pedindo que Nossa Senhora fizesse um milagre devolvendo seu filho. Um dia Zefinha teve uma revelação: em que mostrava seu filho um bandido dá pior espécie. Nossa Senhora perguntou: “se Zefinha queria seu filho assim, ou que morresse”?  Após, àquela revelação, a mãe do futuro bandido parou de chorar. Seu filho morreu... Assim, são os desígnios de Deus, o que parece ser ruim pode ser no futuro um bem. Nhô Adão

Nhô Adão nasceu em Lagoa, São Pedro, Dom Inocêncio, Piauí. Sua casinha de Pau a pique ficava entre duas veredas. Uma onde jogávamos bichos mortos e outra, que em tempo de chuva, pegávamos água. Acima desta de pegar água. Tinha uma enorme Aroeira onde os Caracarás observavam os pintinhos de Dedé para pegá-los. Mais para um Capão, morro, cheio de Mane Pintos e Marmeleiros tinha um Imbuzeiro. No ano de 1934/1937 o movimento Pau de Colher que já rendeu livros era medonho. Os “caceteiros”. As notícias eram passadas de forma oral e às vezes aumentadas. Em São Pedro passavam muita gente, por ser um entroncamento, vinha gente da Bahia para São João do Piaui. Uma destas fezes Alvino Soares trouxera, uns soldados, de Teresina para acabar como o movimento. Vinham a cavalo. Maria Lina avó de Nhô Adão teve se passar as noites com seus filhos debaixo de um Imbuzeiro. Falavam que os “caceteiros” estavam descendo para o Piauí. Mas foi só boato. Nhô Adão foi ver se o imbuzeiro ainda existia. Exi