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Mostrando postagens de outubro, 2017
SOBREVIER/ VENCER. Viver sem sentido, logo é sofrer, Culpa minha já não é desculpa, Gosto pouco deste mundo sem gosto, Luz vejo, mas esta não me conduz, Tenho da multidão péssimo desenho, Alimento, me vem pelo pensamento; Mas bebo do veneno e fico voraz, Querer sem força é um malquerer, Revolta pode ser a contravolta, Morte pode ser uma boa sorte. NHÔ Adão XV.

COMPADRES MUI AMIGOS

Dois compadres vizinhos lá nos confins do sertão Cearense. Meirinho era apaixonado pela mulher do compadre. Certo dia chegou na casa de Luinha, esta estava só. Ele pensou é hoje. Deu uma cantada na comadre Luzinha, uma cabocla bonita e bem servida. Luzinha responde-lhe que deixasse o compadre chegar, se ele aceitasse, eles "namoravam".  Nisso Meirinho saiu correndo, Jairzinho chegava e vendo o compadre correndo pergunta a mulher o que teria acontecido. Não é nada não marido, ele só queria seu facão emprestado, Jairzinho responde: "por que não emprestou mulher, Meirinho é meu compadre e amigo". Pegou o facão e sai gritando: "compadre olha o facão".  Meirinho corria ainda mais. Minha sábia avó falava, que se uma mulher recebesse uma cantada, não devia contar logo ao marido para não sair morte. Se o pretendente insistisse, na terceira vez sim. Acho que o compadre Meirinho ainda hoje corre... Nhô Adão XV

DEDO EM BURACO PEQUENO.

Como gosto de contar causos da vida roceira, hoje vai mais um de Miguel Lima. Miguel foi trabalhar na fazenda Beija Flor, do seu Ary em Minas Gerais. Lá tinha uma negrinha que ficou “lutrida” no Miguel. Este também gostou da morena. Mas seu Ary era valente não separava de um revolver Schmidt 38. O trabalhador estava comendo e no final tinha um osso, com tutano. Miguel começou a tirar o miolo, mas estava dificil, foi aí que ele teve a ideia de meter o dedo mindinho, para empurrar o gostoso tutano.  Conseguiu. Porém, no final o dedo não saia. Ele puxava e nada; já estava ficando apavorado. Nisso a moça aprece espiando pelo protão rapaz tenta esconder o osso para trás. Um Cachorro velho pegou o osso. Ficou ainda pior um puxava para um lado o outro para outro. O Cachorro foi mais feliz conseguiu arrancar o osso do dedo de Miguel. Mas o coitado ficou sem a carne do dedo. Mas aprendeu de forma uma trágica  lição: nunca mais enfiar o dedo e outras coisas, em buraco pequeno. Nhô

BURRO NEM SANTO AJUDA.

Alí onde Hoje é São Braz Piauí, era chamado Tranqueira, não sei porquê. Quando começou a aparecer bicicleta, Luiz comprou uma bicicleta velha, mas dava para andar se soubesse. Foi uma luta montava caia tornava a montar. Ele achava que a bicicleta era como Cavalo. Um dia ele pegar à máquina e disse hoje ando ou nunca mais. Passou perto de uma venda comprou um maço de cigarro continental, acendeu um e montou na bicha. O vento soprava o fogo do cigarro aumentava, mas ele não soltava o chifre da magrela. Foi tanto sofrer que terminou queimando o beiço. Mas uma decepção. Viu uma descida aprumou a danada de ladeira abaixo. Como dizem para baixo todo santo ajuda. Pois bem, vão ele e a bicicleta de ladeira, ora no mato, ora na estrada. Nisso ele ver um cerca de arame, pede a um santo que o ajude nada, pediu a outro santo mais graduado aí sim, foi ao encontro do arame. Ficando todo aranhado. Luis se revolta com o santo por que não me valeu? Nisso ouve uma voz que diz: “Para gente b

MARIMBONDO QUE FERROU O PEÃO.

Dois rapazes, de uma fazenda no Paraná do Norte, forma passear em um domingo bonito. Procurando moças e festas para se divertirem. Saíram cada um em um cavalo e felizes rindo à toa. Quando já ia chegando na localidade uma pequena vila com uma só rua. Um deles estava com vontade de fazer número 2. Ali o mato era o banheiro. Procurou um lugar limpo achou um carreiro de gado. Ele estava um pouco ressecando e não conseguia defecar, forçava e nada. Até já com os olhos regalados, de tanta força, começou a sair um tubo preto. Ele forçava saia um pouco, parava, o tubo não andava. Aí veio um Marimbondo, daqueles que andam pelo chão, chegando viu àquele tubo preto resolveu observar, rodeava e voltava ao mesmo lugar. A abelha seguiu o tubo conseguindo entrar com muito esforço. Deu uma ferroada na parede o sujeito fecho o registro de forma abrupta. Aí foi que o Marimbondo ferrou. Quando o companheiro viu o amigo estava gritando de dor. Foi tanta ferroada que o mesmo ficou com o assento inchado.

BICHOS ESPERTOS NÃO MORREM.

Amiga Onça sempre perseguia o amigo Macaco que por ser esperto, como uns humanos da política, o velho Macaco escapava da morte. Um dia a Onça veio devagarinho e encurralou o Macaco em uma toca no pé da Serra. O Macaco gritou amiga Onça: “segura aqui esta parte da toca, senão ela cai por cima de nós, vou tirar uma escora”. A Onça ficou feito boba segurando uma coisa que não iria cair. Mais uma vez o Macaco escapou. Outro caso de esperteza do Canção e a Raposa. Esta armou uma arapuca cheia de milhos para pegar o Cancão, que caiu nessa, por causa de tanta fome. A Raposa saiu com pássaro na boca para comê-lo na toca onde fazia de casa. Quando passavam por outros passarinhos estes gritaram coitado do amigo Cancão vai ser comido pela Raposa. O prisioneiro fala: “diga amiga Raposa não é da conta de vocês”. A bobona abriu a boca para responde aos engraçadinhos, o esperto pássaro saiu voando feliz por escapar da morte. Como sou admirador de La Fontaine e Esopo, lembrei-me destes causos d

PIAUÍ OUTUBRO, JANEIRO, MARÇO.

Piauí três datas aniversário: Sebastião Barros a Paranaíba, Outubro, janeiro, março relicário, Onde nasceu Assis Brasil um Biriba. Valentes venceram várias batalhas, Lutando com espingarda e facão, Campo Maior polícia com metralhas, Vaqueiros agricultores do sertão. Terra de letradas e muitos talentos, Arte rupestre homem americano, Onde tem muitas Cabras, Bois, Jumentos. O Rio Paranaíba um soberano, Delta do Piauí o mais bonito, Que não foi criação do ser humano. Nhô Adão XV

PAULO FREIRE ERROU

Aluno cerebral e Paulo Freire educador da pedagogia do oprimido. Aluno: — Professor o senhor diz que não existe saber mais, ou saber menos e sim saberes diferntes, explique-me melhor não entendi, questiona o aluno pensante. — Paulo Freire: sim, todo mundo tem algum saber. Exemplo: você e um filósofo estão em uma floresta e pegam uma caça quem sabe cozinhar nesta hora, você seu saber foi melhor, que o de um filósofo, justifica o pedagogo. — Aluno: aí o senhor caiu em contradição, existe saber melhor adequado ao momento, portanto, o senhor errou. Um pedreiro sabe fazer uma casa, um médico opera alguém, quem ganha mais? Por isso, tenho convicção de que existe saber melhor e mais. Todos os saberes, não são iguais, nem têm o mesmo valor. Paulo Freire: — Com humildade me rendo, você aluno pensante ganhou o debate, justifica o mestre. Você tem razão aluno, eu quem fui confuso em meu pensamento. Existe sim saber mais, e melhor adequado ao momento aí concordamos. Nhô Adão XV

NOTÍCIAS, MÚSICA, HÁ MAIS DE ANO.

Certa vez no recenseamento de 1950 ocorreu um fato curioso de minha tia e mãe de ajudar no meu nascimento parto. Josefa marota. De São Pedro, Dom Inocêncio Piauí, nesse tempo lá era São Raimundo Nonato Piauí. O pesquisador perguntou a ela para que criava Galinha, minha mãe Josefa respondeu-lhe, que era para fazer o terreiro ficar bonito. Realmente, um terreiro sem no sertão sem bichos, é um pouco triste.  Mas o engraçado foi ela perguntar ao homem da cidade se Dom Pedro II ainda era Imperador e sobre Ruy Babosa se ainda era vivo, sendo que o mesmo morreu em 1923. O Rapaz que a entrevistava ficou admirado como àquela gente era isolada e mal informada. Hoje o sertão tem tecnologia quase de ponta. Mas veio à violência veio junto. Roubo drogas estão por lá também. São coisas que quando este foi menino, ficou sabendo quando não ouvia, via. NHÔ ADÃO XV

CARTA SEM PONTUAÇÃO.

Morro da Onça canto do Buriti Minha sempre lembrada mãe venho por meio desta carta dar e  receber noticias da senhora  os de casa Inacia e os meninos estão na forma do costume com saude o mesmo desejo para senhora aqui ainda não choveu mas promete ser um bom inverno pois Canto do Buriti chove mais que ai nas cabeceiras estou pensando de em Dezembro ir passa o Natal como a senhora em São Pedro e Salgado  Compadre Pedro não deu mais noticias Jovelina e os meninos estão com saúde Nossos parentes por parte de tio Clemente e Lourenço também estão como saúde o primo Nascimento de tia Messias do Angical vai comigo ver a mãe dele que ainda é viva na graça do bom Deus mande noticias pelos tropeiros que virão em Outubro os últimos por este verão Finalmente desejo lhe saude e peço a bença deste seu filho querido MANOEL MAROTO DE SOUSA

ALUNO E A PROFESSORA.

Professora: — Joãozinho vou estar explicando e você vai estar prestando atenção diz a mestra. Joãozinho: — Sim “ professora” vou prestar atenção pode prosseguir, recomenda o aluno. Professora: — Todos entenderam?  Maiores detalhes me procurem fora da aula diz à educadora. Joãozinho:   —Sim professora se precisar de mais informações a procuro, concorda o aluno aplicado. Professora: — Essa semana, esse mês, vamos estar estudando gramática, entenderam? Joãozinho:  — Sim professora esta semana e este mês estudaremos português, prossiga diz o aluno nota dez. Professora: —Joãozinho você só progride na vida através do estudo sentencia à mestra. Joãozinho: —Sim professora só progredirei na vida por meio do estudo, continue... NHÔ ADÃO XV

O QUE ELAS FIZERAM A DAMIÃO?

Elas corriam brincavam estudavam: Flor da vida onde tudo é colorido, Felizes inocentes brincavam, Por causa de um sujeito deprimido. Foram para sempre de vive privadas, O que elas fizeram a Damião? Seres radiantes ter as vidas ceifadas, Ele está mais para um diabão. Heroína  sim, foi  Helley  de Abreu: Que lutou salvando muitas das crianças, Foi queimada brigando também morreu. Como as crianças não têm pecado, Janaúba  estrelas  das lembranças, Helley de Abreu no céu de Deus louvado. Nhô Adão XV

UMA SOBREVIVENTE SERTÃO DO PIAUÍ.

São Pedro, Dom Inocêncio Piauí, sertão brabo. No ano da arte moderna, portanto, 1922. Final palíndromo. Ela terceira filha de uma outra mulher que teve uma vida sofrida. A mãe da terceira filha ficou viúva aos 27 anos, logo jovem. Esta mulher teve de dar alguns filhos para não morrerem de fome. Não havia aposentadorias e nem bolsa família... Em 1915 e 1932 teve umas secas no Nordeste, incluindo o Piauí que morreu gente de fome. A terceira filha, como as duas irmãs, tiveram de casar bem jovens. Mas ela não deu certo com o casamento, ficou ainda 4 anos com este elemento; que segundo falaram, não dava certo com mulher alguma. Esta sobrevivente teve de seguir sua vida. Só Deus sabe como. Teve 11 filhos morreram 3 crianças. Tudo para ela foi dificil até aposentar-se. Veio a São Paulo onde hoje luta ainda para viver. Chegou a 95 anos. Mas sem qualidade de vida. Hoje me corta o coração em ver seu estado. Uma mulher que era ativa tinha uma "leiturinha" votava etc. Hoje está