NA MEDIDA E LUGAR CERTO, UMA SURRA DOS PAIS, TAMBÉM EDUCA.
Não é regra
quem apanha em criança se virar contra os pais.
Em minha Terra
Poção, Dom Inocêncio, Piauí, havia um fazendeiro de nome Olímpio Cacheado,
casado com Mariquinha Ribeiro, tinham dois filhos, Manoel e Eliziaria. Olímpio
era carrasco batia nos meninos tanto que cansava e quando ele parava era a vez
de mariquinha, talvez para fazer média com o marido, que depois largou Marquinha,
foi só casar Eliziaria.
Olímpio
tinha condição de ter mandado os filhos estudar até na Europa, mas não fez. Manoel
aprendeu ler e escrever lendo um ABC nas fontes Gangorra e Poço Grande, para
pelo menos ler os bilhetes de namoradas. Muitos homens daquele tempo não
valorizava o estudo, como os ricos das cidades São Raimundo Nonato e são João
do Piauí. Exemplo: Isaías fazendeiro de Inácio Pinto, os filhos são abestados,
e mais alguns ditos ricos de meu tempo.
Minervina de
Jatobazinho, tem um neto engenheiro civil de os anos 1970. Inácio da Volta, um
tropeiro, formou todos os filhos. Mas Olímpio só batia em Manoel e Eliziaria.
Me contaram
que certa vez, Olímpio tinha pegado uma raposa em uma armadilha amarrou-a, para
matá-la aos poucos. Manoel brincando com Lero do Timóteo, botaram um chocalho
na raposa, mas esta soltando das mãos deles, sai na carreira para o mato. Quando
Olímpio chegou disse a Manoel que queria a raposa. Penso como foi a surpresa
das outras raposas vendo sua amiga com um chocalho! Correu até morrer. Manoel
saiu com Lero tentando achar a raposa, no entanto, não a encontraram.
Manoel era
bom filho, tanto era que mesmo seu pai tendo largado a mãe Mariquinha, quando
esta morreu, Manoel deu a aposentadoria da mãe ao pai, este viveu mais uns
quatros anos e morreu também. Manoel hoje vive em São João do Piauí, sossegado financeiramente
e consciência tranquila.
Adão quando
chegou a São Paulo 1973, Manoel o levou de taxis até Jaguaré onde morava uma
irmã. Adão deve favor a Manoel, não consegue esquecer um bem que recebeu.
É isso, hoje
vendo os moleques fortes da FEBEM, queimando tudo, penso que uma surra dos
pais, além do estudo, pode fazer bem.
Nhodão
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