O PRIMEIRO AMOR É ILUSÃO.

Amor não corespondido só desilusão do menino da calça remendada. Barros e Dorinha eram vizinhos. Barros tinha uma paixão por Dorinha, mas esta parece que odiava o menino que não era tão feio, só pobre vivia remendado e nem calçado tinha calçava chinelo de dedos que ele mesmo fazia.
Um dia Barros estava em cima de uma Pitombeira deixando suas alpercatas velhas no chão. Nisso chega Dorinha e sua irmã Luzia, ao ver o chinelo velho uma das duas, acho que foi Luzia.
— olha as “pracatas” do cu rebocado!
— Barros reponde: 
— São minhas! As meninas saíram na carreira.
O pobre garoto neste dia perdeu toda esperança. Em 1971 à família  de Dorinha saíram de lagoa do Pedro, município de Dom Inocêncio Piauí, e foram morar em Coronel José Dias no mesmo estado. Barros após tirar algum documento foi para Mato Grosso ser peão de boiadeiro cuidar de gado. O rapaz além de tocador de gado era bom violeiro e sanfoneiro.
A filha do fazendeiro apaixonou-se por Barros. O pai da linda mato-grossense aceitou o casamento; foi uma festa de três dias gente dançando e comendo do bom e do melhor.
Barros nunca mais viu Dorinha, teve notícias de que ela separou-se do primeiro marido e hoje mora em Brasília, está velha  óbvio e pobre enquanto Barros rico e feliz com sua pantaneira Marina.
Nem sempre somos felizes no amor da infância.


Nhodão Lina

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