ZÉ DA HORA TROPEIRO DO PIAUÍ BOM DE BRIGA.

Gorgorão de Moreira, Dom Inocêncio, Piaui era comerciante e tropeiro chefe dona da tropa. Contratou: Domingos de Jatobazinho, Estêvão Ribeiro, Zé Minervina e Zé da Hora caboclo bom de serviço e se preciso de briga. Saíram de Moreira destino a Oeiras Piauí carregando Cal e cera de Maniçoba.

Uma viagem de um mês ida e volta. Zé da Hora era uma espécie de chefe por ser o mais disposto cabra para toda parada. Carregava uma Garrucha de dois canos para defesa da tropa. Naquele tempo já havia ladrões pelo país inteiro.
 Arrancharam debaixo de um pé de Figueira foram vender a mercadoria e comprar coisas para a bodega de Gregorão.
Nesta viagem ocorreu um fato inesperado pelo patrão e tropeiros. Zé, foi desarmado por quatros policiais, tomaram sua pistola de dois canos. 
Zé não se conformou e entrou em luta corporal com os soldados derrubando todos no chão e tomando sua pistola de volta. Foi pedido reforço, só aí contiveram Zé da Hora. Um Sargento era Delegado como de praxe naquela época. Sargento Braz, homem que além de conhecer à lei era homem ponderado. Vendo as mãos calejadas de Zé da hora falou:
—Braz, um homem de coragem como este não deve ser preso.
 —Poderia enquadrá-lo por porte ilegal de arma, desacato autoridade e resistência. Não, Sargento Braz libera Zé da Hora.
Os companheiros de Zé da Hora ficaram abestados, como pode um homem sozinho lutar com quatro e ainda sair ganhando no braço. Zé já com o sangue frio fala:
 — Z Hora, vocês não são homens nem me ajudaram seus Marias, vestem calça, mas não são homens.
— Z Hora, o homem quando é preciso, pode brigar para defender sua honra.
Voltaram a Moreira vendo Zé da Hora com outros olhos. Uma cabra para toda parada. Recebeu do chefe elogios.
Zé da Hora ainda vive em Brasilia têm 104 anos está lúcido.


NHODÃO

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