BRANCOS E NEGROS DANÇANDO.
La pelo ano
de 1962, Jatobazinho Dom Inocêncio sudeste do Piauí. Carlindo maroto, Raimundo Temista, João da Minervina e Cesário da Volta. Pegaram a cal na Caeira de Emiliano, destino a Canto do
Buriti Piauí.
Quando passavam por São João do Piauí, Lagoa de Baixo, fazenda
grande de seu Salomão e Luis Carvalho; onde Ricardo Mendes era vaqueiro. Este naquela noite fazia uma festa. No
mês de Agosto. Convida os patrícios para participarem do forrobodó.
Carlindo o
mais velho dos tropeiros agradece ao amigo, mas fala que andava viajando e por
este motivo não seria possível ficar na festa. Foram dormir perto de Capim Grosso,
na linha telegráfica.
Após comer o
que sobrou do almoço já deitados em suas redes, Cesário rapaz namorador e sanfoneiro de oito baixos
fala:
— Cesário,
esta hora os negros estão no maior rela rela.
— João que
era negro, sentiu-se ofendido por que só
os negros?
— João, e os
“Blancos, tamém” desabafa Joãozinho.
Foi a maior
risadaria de todos os companheiros. Chegaram a Canto do Buriti, venderam a cal
compraram alguma coisa para volta.
Viagem de um mês inda e volta de Jatobazinho
a Canto do Buriti. Quando passavam por Tamboril outra festa. Nesta eles resolveram participar.
Cesário ajudou na
animação tocando uma musica; Madrugada triste
que Zomi Catarino tocava e cantava fazendo
o maior sucesso em Salgado e Contador. O sanfoneiro tropeiro tinha uma voz
afinada bem agradável.
Uma moça de nome Rosinha ficou apaixonada pelo
sanfoneiro viajante. Porém, um tal de
Amaro, era doido por Rosinha, partiu para briga com Casario. Foi preciso os
companheiros intervir. Joãozinho o negro era muito bom de capoeira deu umas
rasteiras no sujeito brigão, este ficou molinho da silva.
Enfim,
fizeram boa viagem mesmo com estes ocorridos, sem gravidade ninguém morreu
nem matou. Tropeiros são assim: não tem medo
de cara feio, se precisar briga na defesa de sua vida e honra.
NHODÃO
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