SECAS AMORES E DOR.
Com secas cíclicas o Nordeste e Piaui um de seus Estados,
muita gente tinha de mudar para o sudeste, sul, centro-oeste e mesmo do sertão para
as capitais. Um filho de Teófilo Cavalcanti, de Caldeirão Dom Inocêncio Piauí,
foi para Tranqueira, hoje São Braz. Porque lá chovia mais, talvez porque esteja
perto de Goiás, hoje Tocantins. Uns Ribeiros foram para Teresina ajudaram a construir
a linda cidade verde. Hoje lá tem nome de Rua dos Magalhães Ribeiros. Outros para
São Paulo, Paraná trabalhar no café e RJ. João do Severo Maroto meu tio, morreu
indo a são Paulo de vapor em manga MG. Só voltou com dois anos a mala que Firmo
irmão dele cuidou.
Em 1961 saiu de Moquém, Dom Inocêncio Piauí, João Auto e toda
família mais o cunhado Alexandre Anacleto e família. Destino o Goiás do Norte, Tocantins
hoje. João do Auto tinha umas filhas bonitas, segundo eu soube, três rapazes da
região ficaram tristes eles pensavam em namorar as belas marotas e gameleiras. João
falou para eles que o acompanhasse que quem sabe sairia casamento. Mas só um
teve coragem de acompanhar João e as lindas moças.
Outro rapaz de um lugarejo mais ao norte do Piauí viu sua amada
partir destino a sul deixando-o desconsolado. Notícia só por carta e demorava um
tempão para chegar ao destinatário. O jovem era filho de um pequeno fazendeiro,
chegou a estudar na cidade na época Oeiras, Piauí, mas teve de voltar para
cuidar do que era dele. Passou um tempo ele ficou sabendo que a moça tinha
casado com um rapaz do sul. Não precisa falar como ficou o apaixonado. Eusébio seu nome escrevia poesia, tocava
violão e sanfona. Zébo seu nome. De tanto desgosto começou a beber e tocar nos
cabarés meretrício. Zébo gostava de bolero dor de Cornélio. Nessa vida de ébrio
foi perdendo as forças e morreu falando o nome de sua bela de nome Maria Relva
do sertão.
Aqui conto mais histórias de vidas secas, namoros dor de Cornélio
e a tal “sofrença”.
ADÃO NHOZINHO.
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