TER MEMÓRIA TAMBÉM É RUI.
Algumas
datas são difíceis de esquecer. Morte, casamento, formatura entre outras. Conta
um cancioneiro que sua amada morreu em uma tarde chuvosa. No verão janeiro de
1973, MG. O viúvo sentiu muito a perda da mulher ficando saudade dos bons dias
juntos 30 anos. Não tiveram filhos. Abel o nome do infeliz. Este foi morar em São
Paulo trabalhando em uma loja de discos,
Rua Cásper líbero centro próximo à estação da Luz, Lá tinha de ouvir música o
dia todo.
Certo dia
passou a música lágrima da lama de Belmonte e Amaraí. Não suportou e chorou como
no dia da morte de sua amada, ela também morreu em uma tarde que chovia. Nossa memória
tem este lado bom e ruim de lembrar-se de algo do passado, bom ou alguma
desgraça.
Depois
de algum tempo o homem casou de novo com uma nordestina gente boa. Ela só tinha um defeito gostava de festas,
ele só trabalhar. Não de certo tiveram de separar. O cidadão ficou mais uma vez
solteiro ai que a saudade da primeira mulher batia. Era uma mulher sem vaidade,
mas carinhosa.
Nhô Adão
nunca esqueceu de que quando veio a São Paulo, em Petrolina viu a passagem de
um enterro de pobre. Pouca gente. Também o dia da morte de sua avó Maria Lina e
seu casamento simples. Na ida para o sertão NHÔ ADÃO teve de buscar água para a
mulher, ali ele viu que o casamento traz responsabilidade.
É isso,
nossa memória às vezes não é uma coisa boa.
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