PARAIBANO CÍNICO NO INTERCAMBIO.

Meu primo Damião, quando chegou ao Rio de Janeiro, vinda da Paraíba era praticamente analfabeto. Achava bonito quem falava palavras diferentes. Lembrava-se de uma moça lá de sua terra, que lia palavras no dicionário e ficava se esnobando, para quem era cego nas letras.

 Esta moça um dia chegou na casa de Damião, foi perguntada por um irmão desta ela falou foi a um fúnebre, acho que ela queria dizer funeral, realização do enterro, mas todos ficaram abismados sem saber o que ela quis dizer. Foi aí que a mãe de Damião, sertaneja com algum repertório, perguntou quem morreu?
Damião comprou um livro para dar alguns passos. Leu a palavra intercambio, pensou esta é diferente vou usá-la. Estava em um bar tomando umas cangibrinas e soltou o intercambio, mesmo fora de contexto. O dono do bar era um paraibano metido a poeta, entendeu o que seu patrício queria dizer ainda o ajudou.

Damião um dia chamou uma pobre cobradora de ônibus de cínica, pensando que estava arrasando. Ainda bem que a conterrânea era também ‘anarfa’ fez foi ri. Com o tempo primo paraíba frequentou à escola, entendeu que o melhor é compreender algo que falar dificil para quem não sabe.

 O primo hoje sente pena daquele paraíba do intercambio e cínico.


Nhô Adão

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