TROPEIRO AMAVA MULA PRETA.
Em Londrina
Paraná João tropeiro tinha uma tropa de estimação. Viajava do Paraná até Argentina.
Mas de todos seus animais, o que nós podemos dizer que amava, era uma mula
preta. Sua tropa era a mais bonita com mulas elegantes, por onde passava
deixava saudade. A madrinha da tropa era uma Campolina Pampa. Desfilava pelas ruas
das cidades com seu bailado diferenciado.
Certa vez,
no Rio Grande do Sul João ganhou um concurso, da tropa mais bonita do Sul. Foi
passando o tempo envelhecendo as mulas, o tropeiro resolveu fotografar suas
princesas. Certo dia a mula preta morreu, o homem ficou triste tanto que botou
luto. Diziam as más línguas, que ele tinha um caso com a mula de seus amores, a
mula preta.
Quando já
estava velho, sem poder viajar sua consolação, era olhar as fotos das mulas. Às
vezes ficava delirando e falando com as mulas, como se estas tivessem vivas.
Era preciso alguém o avisá-lo que ele estava falando sozinho. As mulas só existiam
na sua imaginação.
Era tanta
sua loucura, demência, que quando ele via uma mula preta falava, que era a sua
amada que havia ressuscitado. De tanto ver o velho sofrer, seu filho deu-lhe
outra burra, mas ele já não montava mais. Mesmo assim, morreu cantando a música
de Raul Torres
Certa vez, no Rio Grande do Sul João ganhou um concurso, da tropa mais bonita do Sul. Foi passando o tempo envelhecendo as mulas, o tropeiro resolveu fotografar suas princesas. Certo dia a mula preta morreu, o homem ficou triste tanto que botou luto. Diziam as más línguas, que ele tinha um caso com a mula de seus amores, a mula preta.
Certa vez, no Rio Grande do Sul João ganhou um concurso, da tropa mais bonita do Sul. Foi passando o tempo envelhecendo as mulas, o tropeiro resolveu fotografar suas princesas. Certo dia a mula preta morreu, o homem ficou triste tanto que botou luto. Diziam as más línguas, que ele tinha um caso com a mula de seus amores, a mula preta.
Quando já
estava velho, sem poder viajar sua consolação, era olhar as fotos das mulas. Às
vezes ficava delirando e falando com as mulas, como se estas tivessem vivas.
Era preciso alguém o avisá-lo que ele estava falando sozinho. As mulas só
existiam na sua imaginação.
Era tanta
sua loucura, demência, que quando ele via uma mula preta falava, que era a sua
amada que havia ressuscitara. De tanto ver o velho sofrer, seu filho deu-lhe
outra burra, mas ele já não montava mais. Mesmo assim, morreu cantando a música
de Raul Torres:
“Eu tenho
uma mula preta tem sete palmos de altura A mula é descanelada, tem uma linda
figura Tira fogo na calçada no rampão da ferradura Com morena delicada, na
garupa faz figura A mula fica enjoada, pisa só de andadura Ensino na criação
vejo quanto ela regula O defeito do mulão se eu contar ninguém calcula Moça
feia e marmanjão na garupa a mula pula Chega a fazer cerração todo pulo desta
mula Cara muda de feição, sendo preto fica fula Eu fui passear na cidade só
numa volta que dei A mula deixou saudade no lugar onde passei Pro mulão de
qualidade, quatro milhões injeitei Pra dizer a verdade, nem satisfação eu dei
Fui dizendo boa tarde pra minha casa voltei Soltei a mula no pasto veja o que
me aconteceu Uma cobra venenosa a minha mula mordeu Com o veneno desta cobra a
mula nem se mexeu Só durou umas quatro horas depois a mula morreu Acabou-se a
mula preta que tanto gosto me deu”
Assim, foi o
fim do tropeiro que amava suas mulas, pela mula preta era um caso diferente...
NHOZINHO XV.
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