MILAGRES E CASTIGO DO TROPEIRO.
Londrina Paraná,
Jose filho e neto de tropeiros viajavam a São Paulo Sorocaba, vendendo mulas xucras.
Na época, era um comércio com droga hoje, rendoso. Só que eles pagavam impostos.
José namorava
Maria e tinha planos de casar em Aparecida do Norte, SP. Tropeiros eram muitos religiosos.
Eram viagens de mais de mês, ida e volta faziam paradas para engordar os
animais; pescar caçar, para mudar um pouco o cardápio de só feijão tropeiro e carne
seca.
Quando
faltava um mês para o casamento, Maria sofreu de uma febre sezão que parecia que
não iria sobreviver. José fez promessa se Maria tornasse a viver, se casaria em
Aparecida. Foi um milagre Maria restabeleu à saúde.
José, em uma
das incansáveis viagens a Sorocaba, levou uma queda da mula e ficou cego, Maria
que já se sentia boa, fugiu com tropeiro para estado de Minas Gerais. José além
de deficiente, ainda com a maior tristeza que você possa imaginar; foi pagar a
promessa em Aparecida, mesmo cego.
Quando ajoelhou nos pés da santa, sentiu sua
vista voltar, o segundo milagre que recebia. E nessa noite em pleno verão na
casa de Maria nasceu um menino em triste escuridão cego. Para Maria traidora,
cuidar de um cego, para o resto da vida. Foram dois milagres e um castigo. José
não teve culpa, foi Maria quem assim escolheu, foi viver cuidando de um filho
cego para sempre.
O José tropeiro,
casou com outra irmã de Maria Mariana e viveram muitos anos felizes, apesar da
vida da cunhada a irmã de Mariana.
Com fé não
se deve brincar e castigo em alguns casos existem.
NHOZINHO XV.
Comentários
Postar um comentário