CANGAÇO É UM CÂNCER SOCIAL?
Estou a estudar
mais uma vez sobre cangaço origens e consequências. Ruy Facó teceu seu livro
cangaceiros e fanáticos de forma sociológica. Ele narra os problemas desde as sesmarias
coronelismo, seca miséria, analfabetismo e a participação da igreja católica.
Facó chega até a falar do movimento Pau de Colher na divisa com meu Piauí. Contestado
em Santa Catarina, Canudos na Bahia. Os poderosos na época eram a causa de conflitos.
A justiça estava como, em parte nos nossos dias; com quem tem poder seja político,
religioso ou econômico.
Padre Cícero
era uma espécie de Lula maioria dos nordestinos sofridos tinham nele um ‘deus’.
Eu particularmente gosto do Padre Cícero, nem tanto como santo, mas ele foi importante
naquele tempo e lugar. Quanto ao papel da igreja católica, ela como nos nossos
dias, toma parte da politica. E quase sempre apoia o que não presta. Isso não quero
dizer que viramos ateus. Gosto de muitos santos e padres da igreja católica. Mas
isso não me deixa preso e cego, para não ver as coisas boas e erradas dela.
Fico
pensando quem hoje são os coronéis em todo Brasil e não é difícil identificá-los. Como disse bem Luis Gonzaga, hoje o cangaço tem tanques de
guerra, anda bem vestido entranhado nos palácios. Naquele tempo a ordem era
meter bala, hoje bandidos são protegidos.Todavia, o povo humilde, continua sofrendo
todo tipo de violência seja do Estado ou do bandido sanguinário.
Camões estava certo:
“Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades”
“Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente
vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O
tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E,
afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.”
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.”
Luís Vaz de Camões
ADÃO NHOZINHO
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