SOLDADO INVISÍVEL DO PIAUI.

Será que foi uma boa ideia a invenção da pólvora e da arma de fogo?

Darei minha opinião no desenrolar do meu texto. O que vou tratar tem relação com armas de fogo.

O Brasil desde a invasão, não digo descoberta porque aqui já havia índio, logo foi invadido. E continuando, a nova Terra foi sempre violenta, dos coronéis sem patentes, jagunços, bandoleiros e ladrões de bode,  por vários motivos: a injustiça, impunidade, como nos nossos dias.

Contam que em um destacamento com quatro policiais de uma pequena cidade do sul Sebastião Barros, Piaui, divisa com Bahia. Era um lugar violento no começo do século passado. Uma briga de vizinhos terminou na morte de um homem, por um pai e quatro filhos. Mataram o homem e esquartejaram, tanta era raiva. A polícia saiu tentando prendê-los, mas os homens sumiam do nada virando toco, moita, cupim. Isso se chama envultamento a pessoa fica invisível para o perseguidor.

Foi que o sargento chefe da equipe lembrou de  um soldado de São João do Piauí, que tinha esse saber, também se encantava quando queria. Mandou buscar o soldado e  integrou a força policial. Rastejavam e nada. O  soldado com poderes sobrenaturais fez o seguinte: mandou que os parceiros saíssem de perto e fez suas milongas, conseguiu ver os perseguidos e os predeu sozinho  sem disparar um tiro.

Foi promovido  de  soldado a tenente sem passar por outras patentes. Todos no batalhão em Oeiras tinha por esse homem um  grande respeito. Certo dia o comandante perguntou ao tenente como teria aprendido essas coisas? O tenente respondeu-lhe que no seu tempo de menino, um tropeiro lhe ensinou para defesa. E o advertiu: “essa oração só tem força se foi seguida de um código de conduta”...

Quando no final do século 19,  a China inventou a pólvora foi  um grande feito, mas logo veio a preocupação de como se defender da bala quente. Mas os bruxos, magos descobriram o poder da oração. Lampião tinha essa reza. Foi pego porque  ele estava com o corpo aberto, após manter relação sexual  e ainda não teria tomado banho e fechado  o corpo novamente com reza. Como não havia tecnologia o homem do passado, não muito distante, se valia de rezas para quase tudo na vida. Esse caso fiquei sabendo no Piaui contado por um oficial reformado da PM bem velhinho, lá de Elesbão Veloso, Piaui. 
Quanto a invenção da pólvora e arma como toda tecnologia, tem seu lado bom e ruim. Se não houvesse arma de fogo, teria faca, o homem mataria com pedrada, paulada, ou macumba. Ela existe sim, não acredita? Pois vá nessa e não tenha seu código de boa conduta.

ADÃO NHOZINHO