TROPEIRO SABIDO S JOÃO DO PIAUÍ.


Gameleirinha, interior Dom Ioncencio Piauí.
Zé Avelino como muitos parentes eram tropeiros. Eles mesmos faziam a cal e vendiam em São João do Piauí, outras vezes em Canto do Buriti. Era uma forma de mutirão todos se ajudavam. 
O povo de Gameleirinha Gameleira e marotos eram unidos no trabalho seja, de roça fosse tropeando.
Em uma das viagens, ocorreu duas coisas, que pretendo contar como ouvi. Zé Avelino saia de Gameleirinha, passava em São Pedro onde Adão morava, logo vinha com um sorriso falando: “tia Maria bom dia! Dedé respondia: ”bom dia Zé! ” Era um homem simpático, casado com uma marota minha parente.

Na central, da qual já falei em outros relatos, era o ponto de acertar contas, como devia vender e comprar fazer comida descansar. Um tropeiro resolveu fazer um cambalacho: de 3 latas de cal que era a media, fazer duas cargas. Cal é vendido por carga 3 latas. Zé Avelino ao ver aquilo, aconselha o amigo que não devia proceder assim, aquilo prejudicaria os tropeiros, seja de Gameleirinha ou de Gameleira. O povo de Gameleira eram parentes próximos dos de Gameleirinha.

Na cidade, Zé Avelino viu Romão da Lídia de gameleira, receber uma correção de um comerciante. Romão chegou dizendo, quantas cargas de cal o senhor fulano, ia comprar. O homem estava ocupado e era daqueles nervosos, deu uma bronca em Romão, que este ficou com a cara nos pés, como diz o tropeiro nordestino.

Chegando no rancho Zé Avelino ensina a Romão como deveria proceder. Disse Zé: “primeiro você dar bom dia ao homem, espera uma pouco; respira fundo e oferece sua mercadoria, no caso cal. Romão aprendeu tanto, que após aquele episódio, fazia um discurso de invejar aos caras de propaganda.

São coisas que ouvi, em meu tempo de menino e tropeiro no Piauí.
NHOZINHO XV.

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