No ano 1954 havia poucos caminhões pelo Brasil. Comerciantes tinham de ter suas tropas. Os tropeiros comerciantes nordestinos, tinham poucos burros, mais eram jumentos. Seu Ananias de Canto do Buriti Piauí, que virou empresário de Ônibus, antes fazia suas viagens pelo estado com seus filhos e empregados. 

Ananias certa vez, foi até Feira de Santana Bahia, comprar mulas em uma feira afamada como a de Sorocaba sp. Lá encontrou gente de todos Brasil. Foram três semanas de compra e venda. O piauiense conversou com João Cola, irmão de Camilo Cola, o dono da Itapemirim; que iria ser um império do ônibus. João era tropeiro do pai um italiano de Castelo Espirito Santo. Viajava para todo estado de Minas Gerais e Bahia.

João Cola o capixaba, disse a Ananias piauiense, que os dias de tropeiros e tropas estavam contados. Que o caminhão iria tomar conta do país. No que concordou Ananias, que também, pensava grande. João veio a deixar de tropear nos anos 60. Quase mesma época, que Ananias comprou o primeiro caminhão lá em Canto do Buriti Piauí. Ananias e Nanor sua mulher levaram uma carrada de candangos para construção de Brasileia. (Juscelino Kubitschek) JK, falou para ela que lhe daria uma jardineira e deu.

Assim, começou a passagem de tropeiros para empresários de ônibus, de Nanor seu Ananias e filhos. João Cola não virou empresário de ônibus e sim o irmão Camilo Cola. Antigamente, todos comerciantes erram tropeiros, passavam para filhos e netos. Hoje ainda existe gente que teve um caso de tropeiro na infância. Fiquei sabendo do caso do escritor, jurista, William Palha Dias de Caracol, Piauí; foi tropeiro com o pai e Carlos Drummond Andrade, era filho de tropeiro em Itabira MG.

Se assim fosse, com muitos tropeiros, hoje seriam eles os donos de frotas de caminhões e ônibus, mas não, muitos morreram pobres.

NHOZINHO XV.

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