VAQUEIRO BAHIANO/ PIAUÍ ESPERPETO.



Dizem que a maioria dos vaqueiros são escravos, tiravam de sorte, de cada quatro bezerros um. 4/1 ou só recebiam em dinheiro e pouco. Mas, veio um homem baixinho. (1m50) dá Bahia, ser vaqueiro de um grande fazendeiro no sudeste piauiense. Este mudou a regra do jogo, escondia bezerros os vendendo para outros fazendeiros dá região. Ficou quase rico.
Deu para cada filho uma bezerra, mas só uma ficou rica; esta tinha um pequeno problema: era feia ficou sem casar. Um sujeito calculista casou com a moça por causa da riqueza, seu gados e éguas.
Acontece que tudo que é ganho por meios ilícitos não dá certo. Este novo fazendeiro foi assassinado para roubarem o dinheiro, este meio esperto, guardava seu dinheiro em casa. Hoje a viúva ainda vive em Dom Inocêncio pobre aposentada.

Este homem baixinho viveu muitos anos. Casou duas vezes e teve casos com viúvas e moças encalhadas o baixinho era uma fera. Contam que certa vez ele enganara um meio vaqueiro  espécie de escravo, com uma tirada engraçada: dizia para o pobre homem, que os cachorros estavam com vontade de caçar. É só o  cabra sair para caçar ele ficava com a mulher do homem...

No outro dia chegava este, com muitas caças, mas, com chifres; até que deixou a mulher com o patrão bom de cama.
Este baixinho Baiano era tão diferente dos piauienses, que dizia que não podia comer muito para economizar. Quando saia de casa, deixava a farinha escrita seu nome para a mulher analfabeta, não pegar o que comer! Morreu pobre e com a consciência, penso, pesada. Porém deixou uma lição: nunca dê tido para os filhos, o que é do pai é dos filhos, mas o que são dos filhos não é do pai.


São estas as estórias engraçadas do antigo sertão do Piauí.

(Nhô Adão )

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