RÁDIO CAIXA FALANTE NO SERTÃO ANTIGO.

Zé Moreno trabalhava em uma fazenda no interior de Minas Gerais nos anos 1960. Naquele tempo pouca gente tinha rádio. Só fazendeiro e comerciante da cidade. Certo dia um amigo convida Zé Moreno para irem na fazenda vizinha, onde tinha um rádio. Era Sábado. Chegando lá, o amigo pediu ao fazendeiro seu Sebastião, que ligasse o rádio para ouvirem umas valsas de Antenógenes Silva. O velho não sabia ligar o rádio. Chamou a mulher para ligá-lo. A velha mexeu e nada das valsas. Saiu em um programa religioso o padre celebrava uma missa. Tiveram de ajoelhar com Bastião. Zé Moreno ficou 30 minutos já não aguentava, pensou como faço para sair dessa. Fez que que ia ao mato fazer número 2. Só aí se livrou da ajoelhada.
Foram embora sem ouvir as valsas. Zé Moreno nunca mais quis ir à fazenda do velho fazendeiro muito religioso. Em minha terra, no Interior de Dom Inocêncio Piauí, a primeira vez que Plínio Ribeiro trouxe um rádio de Juazeiro Bahia 1961. Parou em São Pedro onde Nhô Adão nasceu, quando Plínio ligou PHILCO JAPONÊS.  Os vizinhos saíram correndo achando que o mundo se acabava. Principalmente Roberta marota com as netas e Nicolau um filho.

Rádio foi uma evolução e revolução nos sertões.


Nhô Adão XV

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TEXTO SÓ COM VERBOS

LAMPIÃO FAZ UM CABRA COMER SAL.

QUAL MAIS RICO O REI DO CAFÉ OU DO GADO?