Tropeiro do Edgard de Souza
Bate o relho
na cangalha da rosilha ainda faltam muitas milhas para o primeiro arranchamento
o ponche fala e é muito passarinheiro dá trabalho para o arrieiro de momento e
em momento.
Cabra matreiro
elegante numa cela vai passando por taperas riacho e capões e no tinido do
polaco e das esporas faz lembrar nossas sonoras das batutas dos peões ei ei ei
quanta saudade do tropeiro que se foi ei ei ei o tropeiro quando chega na
pousada conta caso da pintada toma pinga e toca viola e na matuta com a tropa
repastada reinicia a jornada por este rincão a fora.
Do centro
oeste ao sul do seu país estalando os piarais para evitar a lentidão grande
alegria na chegada do tropeiro do comercio brasileiro e a comunicação ei eie ei
quanta saudade do tropeiro que se foi sua missão era diversa caro amigo
transportava sal e trigo debaixo do temporal e todo frete precisava ser cuidado
o tropeiro traquejado destemia o vendaval
Mas meu
amigo relembrando o tempo antigo das tropas e lhe digo quase não existem mais
nosso sertão hoje saúda o progresso e não esquece dos tropeiros das Gerais ei
ei ei quanta saudade do tropeiro que se foi o tropeiro levando o ouro nos
lombos dos muares nas noites de luar cantando sua canção o tropeiro canta firme
encabulando na divisa de outro estado vai rever sua paixão.
Edgard de
Souza
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