BOI QUE LAMBIA MÃOS DO PEÃO,ESTE NÃO O SANGROU.
Histórias interessantes
que aconteceram nos sertões do tempo antigo.
Um pobre rapaz cuidava de
gado, penso no sertão mineiro, dava sal um boizinho enjeitado, criado sem mãe.
Pois bem, este ficou grande, mas continuava lambendo as mãos calejadas de seu
protetor. Um certo dia este moço resolveu ir para cidade grande, como não tinha
estudo, foi trabalhar em um matadouro. Sua função era sangrar os bois. Como diz
um dito popular, até as pedras se encontram; quando nem esperava chegou uma
carreta de bois de Minas Gerais com o boi que lambia suas mãos, na hora o
reconheceu, vindo cheirar este querendo sal. O rapaz chorou, profundamente e
decidiu: peço minha conta, mas este boi não sangro. Como era bom empregado, o
patrão quis saber o motivo, quando ele contou o passado todos choraram.
É isso, no meio de gente
simples, há pureza no coração. Não teve a mesma sorte o boi amarelinho de Raul Torres,
que morreu sem piedade narrando passo a passo de sua triste sina desde o dia em
que nasceu, só teve sofrimento.
Adão Desousalina
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