ASSEMBLEIA DOS INSTRUMENTOS.


Instrumentos:
Houve um tempo em que os instrumentos musicais falavam.
Fizeram uma assembleia, para eleger o superior, espécie de Rei.
O piano fez discurso tentando convencer seus concorrentes de que era o melhor,
por ser usado pelos artistas clássicos; pelos românticos etc.
O acordeon argumentava, que por ser de origem francesa, país centro cultural,
seria mais representativo. Foi a vez do violão contra atacar;
dizendo: ser abraçado pelos poetas e bons compositores,
fazendo parte em todo estílo musical, portanto, era o mais universal.
Sua irmã viola também entrou na parada: dizia que revolucionou a música sertaneja,
trouxe-a, do campo para cidade. Seus adversários tentam ridicularizá-la,
como caipira quase sai briga. Pegando a palavra uma guitarra, disse:
eu sou moderna e sou usada pelos maiores conjuntos musicais,
logo, sou a melhor dos instrumentos de corda. Outra tensa discussão entre bandolim, cavaquinho.
Nós somos os preferidos dos sambistas e chorões, até nas escolas de sambas entramos,
um de nós representa melhor à classe.
Faltava os instrumentos de sopro, outra calorosa disputa.
Cada qual dizendo se mais completo. O ponto alto veio com o pandeiro reivindicando seu lugar.
Seus opositores achavam que pandeiro só serve para acompanhar os outros,
então não representava nada. O menor dos instrumentos defendia-se que era ritimista,
tão pequenino, mesmo assim fazia três sons.
Não chegaram a um acordo por isso, o vencedor foi uma flatinha doce, pelo som gostoso de se ouvir.

Demparaso
08/09/09
São Paulo

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