TROPEIROS CONTO DO VIGÁRIO PIAUÍ.
Saíram de Olho D`água, Dom Inocêncio, Piaui Zé da Hora,
Carlindo maroto, Zé Minervino, Estevão Romão e Ribeiro do Poção. Com uma tropa
60 animais cada um com sua tropa carregada de cal destino a Canto do Buriti. Zé
da Hora era o mais viajado, recomendou os colegas, que na feira de São João do
Piaui e Canto do Buriti tomassem cuidado, com uns espertos; que costumavam encanar
tropeiros, no conto do vigário o famoso 71. Na feira de São João do Piaui, Estevão
foi engando por Nego Isaías que vendeu um perfume falso. Ele só foi ver o
engano já estava longe, deixou para lá, pois Nego Isaías era ligeiro e
protegido de comerciantes da cidade.
Seguiram viagem venderam a cal, compraram algumas coisas, descansaram
dois dias. E no último dia foi Ribeiro quem foi enganado, por um mascate de Picos.
Ribeiro tinha comprado um relógio marca boa, grão-duque de um primo que veio de
São Paulo. O picoense viu que o relógio era bom, propôs uma troca com relógio bonito
e maior. O coitado não sabia fez a troca, mas o relógio era falso, para encanar
tropeiros inexperientes.
Ribeiro ficou arrependido, tinha vendido uma cabra para
comprar o relógio. Foi procura o moço, já tinha sumido em um caminhão para Picos.
Apesar desses espertos e prejuízos, fizeram boa viagem. Mas Estevão e Ribeiro aprenderam
uma dura lição: gente da cidade costuma enganar tropeiros caipiras.
NHOZINHO XV.
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