SÃO JOÃO DO PIAUI E NHÔ ADÃO.
Nhô Adão
fazia feira em São João do Piauí distante 62 km, trabalhou na SUDENE e nas
fazendas de Carlos Paes Landim até 1972. Quando o menino via, tanta coisa boa
de comer na feira, que saia água da boca. Via meninos jogando bola na praça da
Igreja, acho que hoje tem outro nome, Certa vez um moleque chutou uma bola, que
passou zunindo no ouvido do capiau Adão, o moleque ainda o chegou. Mas Nhozinho
achava bonito as normalistas, como eram chamadas naquele tempo, saindo do colégio
Frei Henrique com suas fardas bonitas. Ele um tropeirinho pensava... como estas
moças terão futuro. Eu no máximo tentarei sobreviver. Nhô Adão, passou 45 e 5
anos sem voltar a São João. Matou saudade foi onde era o cabaré de Calixto na
beira do Rio, não encontrou mais nada. No cabaré tinha forró e as caboclas
dançando com os frequentadores. Nhozinho era menor frequentava de modo
clandestino.
Que tempo
bom no bar do sr. Dudu passavam umas músicas boas. Para quem vinha, de onde não
havia nem rádio e nem notícias, como disse Luís Gonzaga; São João do Piauí era
uma beleza de cidade. Nhozinho não esqueceu de um dia que estava do lado de
fora do salão dos ricos da cidade, só gente de classe, poderia entrar ali perto
do Riacho Piauí. Vinha uma “assistência” como era chamada com um roceiro de
Santa Rita o homem quase cortou a perda com um machado. O motorista Arraes
vinda voando com a sirene ligada. Estas passagens, hoje o velho Nhô Adão não esquece
e não quer esquecer.
Nhô Adão
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