QURTO DE DESPEJO MODERNO.
Carolina Maria
de Jesus, uma mineira de Sacramento, veio a São Paulo. 1950/77. Mulher negra e semianalfabeta.
Não conseguiu emprego, foi sobreviver na famosa favela do Canindé, ali onde
hoje tem o Campo da Portuguesa SP. Não casou, teve filhos de homens da rua. Catadora
de papel nos lixões da cidade. Assim levava à vida. Chegou a disputar com
urubus e cachorros, carne podre dos frigoríficos em São Paulo.
Carolina
xará da poeta Goiana, mesmo com pouco estudo, registrava sua vida, como era a
rotina de favelados. Com esse diário narrativa, ela praticava Antropologia, sociologia;
psicologia e fazia denúncia. Enfim, fazia da vida miserável uma obra até poética.
Ela não
tinha ideia do que estava fazendo, com seus rabiscos em um caderno velho,
achado nos lixos da Barra Funda e outras regiões, do centro SP.O jornalista Audálio
Dantas fazendo uma reportagem, na favela Canindé se deparou com Carolina,
sentiu que ela era um favelada diferente. Entrou no barraco, modesto, mas limpo,
ela mostrou-lhe os cadernos de sua vida e como era à rotina de quem sobrevivia ali.
Audálio
Dantas levou os cadernos a uma editora e produziu o livro, que fora editado e
traduzidos em muitas línguas. Deram uma boa casa, na zona norte a Carolina; mas
como nasceu com o pingo de pobreza, morreu pobre. Uma obra que fotografa bem à
vida de favelado no passado hoje mudou, são favelas minha casa minha vida,
entre outras.
Favelas de
hoje têm tecnologia de ponta, mas as mentes de quem lá moram, é bem mais violenta.
Confesso, que me considero, um pouco uma Carolina Maria de Jesus, a diferença é
que sou do sexo masculino e mameluco.
Disse,
NHOZINHO XV.
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