No Brasil após acabar
com à escravidão institucional, foi criada uma escraidão dos
coronéis, estes faziam o que queriam; apesar de que ainda hoje
existe coronéis no interior do Brasil.
No Maranhão Engenho
Gameleira havia um tal de coronel Edmundo que explorava mão de obra
dos retirantes de outros estados nordestinos, os cotados eram
atraídos com promessas de emprego e salário, mas eram escravizados
até à morte.
Certo dia um vaqueiro
raça forte, vindo de Piancó Paraíba passou pelo Piauí chegou ao
Maranhão.
Logo na entrada do
engenho encontrou um vigia que o convidou a falar com coronel Edmundo.
Chegando no barracão
entrou em um barzinho e foi pedindo um conhaque duplo, o balconista
fez de conta que não ouviu, para que! O vaqueiro de nome João
Canguçu pegou-lhe pelo pescoço perguntou se estava surdo ou era
mouco, o atendente já com medo foi dizendo que ali para beber tinha
de pedir licença ao vigia do patrão. Pois bem, logo surgiu um negro
beiçudo armado que tentou intimidar Canguçu, este levou uma surra
que ficou sem rumo. Quando o coronel ficou sabendo mando cinco
pistoleiros ainda mais feios a buscar o vaqueiro, não era para
matá-lo e sim trazer vivo queria um papo com este farosteiro louco.
Os cinco cabras com
nomes feios levarão um sova e foram conduzidos sobre a mira de um
revolver até o patrão. Este fez lhe um sermão e mandou pegar uns
novilhos comprados no Piauí, se não conseguisse estava morto;
Canguçu amansou os bois no jeito hospedado em um barracão tipo
hotel de seu Rafael ficou logo apaixonada pela filha de Rafael de
nome Maria do Carmo, apelido Marilú.Seu Rafael aconselhou Canguçu a
fugir pois daquele lugar ninguém saia com vida. Canguçu falou desta
vez Edmundo e seus negros pistoleiros iam ver como era homem da
Paraíba. Porque o coronel escolhia negros feios? No seu inconsciente
estes metiam medo em qualquer cristão.
Quem pedia a conta do
engenho era pago uma pouca quantia em dinheiro, porém, não saia do
engenho pois os pistoleiros o matavam queimando na fornalha de cana.
Como Canguçu já sabia ficou esperando com seu Rafael que já era
amigo e futuro sogro, pegaram os capangas a unha acabaram com à
escravidão. Patrão teve de pagar todos e as famílias dos mortos
fazendo João Canguçu feitor geral da fazenda e mudando o regime
para um sistema humanizado.
Peço licença ao
autor desta história contada em cordel pelo sr. Apolônio Alves dos
Santos.
(Adão Desousalina)
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