Loureiroda Saudade. (ZÉ VIOLA)
O teu corpo angelical, tem o prenúncio do mau, do meigo
Fingimento, de receber grosserias não tenho mais poesia pra
Contar meu sofrimento.
Nos meus caminhos sem flores, sou mais um dos sofredores,
Que não chegou muito além, arreientes as amarguras por
Dar crença as falsa juras de quem nunca me quis bem.
És a ninfa fugitiva que loureiro se priva me negando amor teu,
Eu sou como um triste Apolo que chora falta de um colo que
Chegou ser meu, na névoa da esperança sepultei minhas lembranças
Como selo da ingratidão.
Tenha a marca no meu peito, quem canta um amor desfeito, sente
Saudade e paixão, holocausto de tristeza, imola toda firmeza, de
Uma amizade sincera, o destino traiçoeiro, é único mensageiro
Do amor que não prospera, teu egoísmo insensato, desfez o nosso
Contrato que devia está em paz, de sofrer me libertei, jamais
Acreditei em juras que mulher faz,
Procurei te entender não pude compreender, a razão do teu
Olhar, desafiando os desejos dos suplício dos teus beijos, que
Nascem pra castigar, eu sei que tu não quiseste, cumprir o
Que me disseste, mas estou desiludido, desta tua incoerência
Perdi toda paciência, de não ser correspondido.
Quando eu desejava ver-te, tinha medo de perder-te,
Ambicioso do amor herança inco mum da vida.
Roseira descolorida, que no sol perdeu a cor,
Com este amor deixou raízes, com profundas
Cicatrizes, neste passado entre nós, o vento que
Varre os montes, conversa nos horizontes, imitando
A tua voz.
Só resta dizer-te adeus, sabendo que os beijos
Teus não servem mais para mim, na polidez do
Meu rosto, vê-se a marca do desgosto, dum
Amor que teve fim.
Eu juro que te quis bem, vou atrás de alguém, que
Me dê felicidade, decidi minhas escolhas, hoje os
Meus sonhos são folhas do loureiro da saudade.
ZÉ VIOLA/ DOCIVAL ALVES.
Muito bom!
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